Flores em nome da paz, tratamos bem as pessoas para recebermos o mesmo. Não ofereço flores aos fascistas e intolerantes. |
Refeição Cultural
"Os dois jovens julgavam a sociedade tanto mais soberanamente quanto mais baixo se achavam nela colocados, pois os homens esquecidos se vingam da humildade de sua posição pela altivez do olhar" (Ilusões perdidas, Balzac)
Domingo, acabou o final de semana. Vou madrugar para começar minha longa jornada de trabalho que só terminará na manhã do sábado que vem.
Hoje, saí para correr à tarde no Eixão com Sol forte e 26º de temperatura. Estava bem vazio. Foi um momento de silêncio e introspecção. Assim como no domingo passado havia corrido a maior distância do ano (9k), neste comecei a corrida com certa preguiça, pensando em correr algo como meia hora e acabei curtindo a pista vazia, o Sol gostoso, o silêncio e depois que embalei decidi fazer um esforço e completar 10k em 62'. Foi bom fazer isso! Estou vivo!
Este foi um domingo das mães que passei longe de minha mãe. Foi um domingo das mães que minha esposa passou longe do filho também. A vida é um constante mudar, renovar, adaptar-se às realidades que nos pegam sem direito a fugas. Mas nos falamos todos, pais mães e filhos, por telefone e por mídias sociais.
Assistimos a um filme que me deixou meio pra baixo agora à noite, A juventude (2016). Filme meio catártico, com belas imagens, com história de muita reflexão a respeito da passagem da idade na vida. Na minha opinião, filme meio deprê.
ILUSÕES PERDIDAS...
Por fim, li um pouco das Ilusões perdidas, de Balzac.
Por que coloquei a citação acima de Balzac, a título de epigrama nesta postagem? Me chamou a atenção a questão da altivez do olhar nas pessoas em posições humildes.
O contexto social em que vivemos em nosso país é dos mais dramáticos que vivi em meus 47 anos de vida. Nesta semana, mesmo sendo ilegal, imoral, e sem escrúpulos, o Senado Federal pode finalizar e completar o Golpe de Estado, via Parlamento, com apoio dos setores da justiça brasileira. O golpe foi tramado por um sindicado de bandidos, corruptos seculares, os mesmos que perpetraram o golpe à democracia brasileira em 1964.
A trama foi construída desde 2010, quando o povo brasileiro elegeu a primeira mulher presidenta do Brasil. Por ela ser do Partido dos Trabalhadores, por ter sido lançada pelo presidente Lula, por ter derrotado a Rede Globo e demais empresários dos meios de comunicação, iniciou-se ali uma trama para tentar interromper os avanços oriundos dos governos do presidente Lula.
Apesar de tudo que fizeram contra, a presidenta Dilma Rousseff conseguiu se reeleger em 2014. Foi a gota e o limite para a burguesia vira-latas brasileira. Disseram que se ela ganhasse, não governaria. Desde o resultado das eleições, paralisaram o país. Quebraram a economia do país, com o apoio de setores da justiça e com o envenenamento do povo brasileiro via meios de comunicação. Hoje, o ódio domina o país. O clima é o mesmo que viveu a Alemanha nazista desde o início do 3º Reich com Adolf Hitler.
Por que fiz esse histórico? A maior parte da população age hoje sem tolerância alguma, com ódio e agressividade contra aquele que pensa diferente. Especificamente falo da construção criminosa por parte dos meios de comunicação e dos partidos de oposição ao governo Dilma e ao PT. Vivemos um clima de desejo de certos setores da sociedade, estimulados pela mídia, a defender a eliminação da vida pública, dos espaços sociais, de qualquer pessoa que venha do movimento social próximo ao PT, aos sindicatos, principalmente os cutistas, que construíram a quase totalidade dos direitos e avanços sociais dos trabalhadores brasileiros desde os anos oitenta.
Enfim, eu tenho atuado como representante dos trabalhadores que sou, eleito e em mandato em entidade de saúde, com a maior civilidade, tolerância e cordialidade que já tive em minha vida. Mas algumas pessoas em redes sociais insistem em nos ofender, agredir e eu fico dividido entre calar ou responder.
Sempre atuei em meus mandatos com humildade por ser representante, mas com altivez por saber o que defendo e o que represento. A frase acima me fez lembrar isso.
Eu tenho lado, o lado dos trabalhadores, e por mais respeito que tenha a qualquer pessoa e qualquer divergência de opinião, ela deve ser respeitosa. Não vou aceitar calado agressões baixas, estapafúrdias, sem pé nem cabeça, ilações e acusações. A Constituição Federal diz que quem acusa, deve provar. Então peço que as pessoas respeitem uns aos outros e vamos buscar unidade entre nós da classe trabalhadora.
Vamos para mais uma semana de trabalho, até porque trabalhamos muito e isso é público.
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi (eleito)
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