O ipê amarelo com fundo azul do céu é algo que nos acalenta. |
Refeição Cultural
Está terminando o meu fim de semana. Como tenho necessitado de sábados e domingos para descansar um pouco... e quando vejo já acabaram os dois dias e eu ainda queria mais...
Tenho escrito muito nos últimos meses. Acho que nunca escrevi tanto em minha vida. E ao mesmo tempo, nunca tive tão pouco tempo livre. Estava refletindo a respeito disso. Entendo que temos que registrar o que está acontecendo em nossa vida, em nosso país, no mundo atual.
Vejam que privilégio que temos, nós leitores e apreciadores da história do mundo, ao lermos os diários do filólogo Victor Klemperer (ler no Blog AQUI), um judeu alemão que viveu, presenciou e anotou tudo que percebeu ao longo de toda a ascensão do Terceiro Reich, desde 1933 até o final da 2ª Guerra Mundial, estando dentro da Alemanha, sendo vítima desde as primeiras medidas nazifascistas contra os judeus e demais povos excluídos e perseguidos.
Ou então, pensem no quanto é importante podermos ler os diários de Anne Frank (ler no Blog AQUI), na mesma condição de vítima daquele regime e daquela época.
Eu entendo que todos nós temos que escrever muito e deixarmos nossas opiniões "subversivas" ou alternativas ao sistema de comunicação hegemônico que é totalitário e avassalador - os meios midiáticos golpistas (P.I.G.) -, sistema que molda e direciona até nossos amigos, conhecidos do trabalho e familiares a defenderem os interesses deles, donos do poder econômico e de comunicação de massas. Estamos vivendo tempos de retrocesso nos direitos humanos e há que se registrar isso através de nosso cotidiano.
Enfim, o que posso registrar de meu fim de semana?
Enfim, assisti ao conjunto de filmes da saga Mad Max. |
Mundo Mad Max
Assisti ao 4º filme da série Mad Max, vendo pela primeira vez o filme lançado em 2015. Eu não conhecia ainda está sequência. Já fiz duas postagens refletindo sobre o contexto que o cenário da estória traz a respeito de um mundo devastado após guerras, onde o petróleo é uma das coisas mais importantes naquele mundo distópico (ler AQUI e AQUI).
O filme é repleto de ações e muita violência. Foi interessante assistir aos quatro filmes na ordem e de uma vez como fiz na semana passada e nesta.
Tem um momento no filme que eu poderia trazer para nossa realidade - um país sob Golpe de Estado e num mundo em crise global. Quando o andarilho Mad Max e os fugitivos chegam a um determinado ponto do deserto, em fuga e lutando pela sobrevivência contra o grupo majoritário, concluem que seguir adiante não é a melhor opção, fugindo de uma terra onde a vida é possível, mas que está dominada pelo grupo majoritário no poder, pelo sonho de uma terra que sequer sabem se existe. Decidem voltar e lutar pela terra que existe e que pode ser uma alternativa de futuro.
É de se pensar a respeito, já que provavelmente estaremos nós num país que nesta semana que entra pode efetivar o Golpe do Impeachment a uma presidenta sem crime e eleita pela maioria do voto popular. Com o fim da democracia, que fazer?
Lendo o 6º livro de José J. Veiga. |
Leituras
Não consegui ler muito neste fim de semana. Peguei para ler mais um romance do escritor José J. Veiga. Estou determinado a ler toda a sua obra.
Já li neste ano, quase que na ordem cronológica de lançamento, Os cavalinhos de Platiplanto (1959), A hora dos ruminantes (1966), A máquina extraviada (1967), Sombras de reis barbudos (1972), O professor Burrim e as quatro calamidades (1978) e agora estou lendo Os pecados da tribo (1976).
Já adquiri praticamente toda a obra dele e ainda ganhei nesta semana, de presente dos colegas de trabalho em Rondônia, o próximo na fila para leitura - De jogos e festas (1980).
A leitura de José J. Veiga é extremamente atual, mesmo ele afirmando que não quis fazer vinculação de seus personagens e dos contextos em suas obras ao período de exceção do regime militar brasileiro, o clima e o cenário em seus contos, romances e novelas são impactantes ao nos colocar em reflexão profunda a respeito do estranho, do outro que chega e desfaz um mundo estável, do clima de opressão, etc.
Brincando de nominar as coisas: Árvore bela com flores escovinhas vermelhas. |
Não corrida e não esporte por causa de contusão, mas sigo na observação das flores
Estou contundido desde a semana passada. Não estou podendo caminhar, correr e pedalar. É difícil para quem não pratica esporte entender o quanto a gente sofre por não poder chegar do trabalho ou no fim de semana e colocar um tênis para correr.
Bela árvore com escovinha vermelha. |
Mas andando de pouquinho, ao menos vi umas flores, uma natureza que nos cativa, como a que temos aqui em Brasília. Vamos sarar logo e retomar as corridas...
Aí então nosso treinamento será com o foco na corrida de São Silvestre no final do ano e na manutenção da condição de saúde para enfrentar o estresse diário que vivo.
Flores escovinhas vermelhas. |
Vamos à luta, e vamos seguir registrando muito tudo o que está ocorrendo no mundo e no nosso mundo. Somos atores políticos e seres sociais, a história não é feita de heróis, é feita de gente como todos nós e todos os dias.
William
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