quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Diário - 240816



Estava eu no último domingo abstraindo de meu estresse
no Eixão quando senti um desconforto na parte posterior
da perna direita... ai que foda não poder correr uns dias!

Quarta-feira em Brasília. Estou cansado.

Foram três dias de trabalho com jornadas de manhã, tarde e noite na Cassi. Cheguei por volta das 21h em casa.

No domingo, quando fui para o Eixão correr, senti uma contusão na parte posterior da perna direita, provavelmente no grupo muscular do gastrocnêmio e sóleo. Estava longe de casa e foi um sacrifício voltar andando lentamente.

Eu deixei que o desejo de praticar atividade física fosse mais forte que a minha consciência do cansaço físico em que estava. Já no sábado, não fiz nada porque estava esgotado, após uma semana de trabalho de pouco dormir e de muita dedicação aos problemas da Cassi e por ter trabalhado em três bases sociais da entidade que atuo: no DF e no PR e SC.

Imaginem vocês o quanto estou como fera em jaula por não poder sair para as ruas de Brasília e correr após três dias de muito estresse em meu trabalho... é duro! Se tem duas coisas que são fundamentais em minha vida são minhas vistas, para poder ler, e minhas pernas e pés, para correr e andar. Sem isso, seria muito difícil seguir com uma vida tão dura como é a nossa. (além, é claro, de minha família e entes queridos)

E olha que na semana anterior, havia sido a semana de minha caminhada anual de 75 km, período de introspecção que tanto necessito. E neste ano foi bem difícil completar o percurso da Romaria porque meus pés machucaram faltando dezenas de quilômetros. Mas superei tudo e cheguei, como sempre!

Ao voltar para casa contundido no domingo, custando a pisar e dar a passada, lembrei na hora das caminhadas na Romaria. Pensei comigo: esquece e vai porque se estivesse na estrada só pararia quando chegasse ao objetivo final (como as pessoas persistentes fazem na Romaria).

A vida segue, mesmo sem correr ou pedalar ou caminhar por algum tempo. Nos próximos dias, além da cabeça enfiada nas crises que herdei ao virar gestor eleito em entidade de saúde de trabalhador, estarei no estado de Rondônia e depois no Acre, cumprindo minha missão e focado em meus compromissos com a Cassi, os associados e o modelo de saúde que acredito e defendo.

É isso para o momento. Enquanto vivo para o trabalho que estou designado, sigo com o coração amargo ao ver a destruição de meu país, de nossa democracia, dos direitos sociais e políticos da classe trabalhadora à qual pertenço e represento.

William
Um trabalhador

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