Gaivota - imagem Wikipedia |
FERNÃO CAPELO GAIVOTA – Richard Bach
CLÁSSICO AMERICANO de 1970
“Uma gaivota é uma ilimitada ideia de liberdade, uma imagem da Grande Gaivota, e todo o corpo de vocês, da ponta de uma asa à ponta da outra, não é mais do que o próprio pensamento de vocês.”
Pois é, estou em Uberlândia, na casa de meus pais para o Natal.
Da última vez que estive aqui, havia ganhado de meu primo um monte de livros que li quando era adolescente. Como não foi possível levá-los de uma vez, levei alguns primeiro – dentre eles, o livro que li recentemente de Sartre, A Náusea. Vou levar mais alguns para Osasco desta vez, quando for embora amanhã à noite.
Hoje pela manhã reli o livro de Richard Bach, Fernão Capelo Gaivota. Li de uma sentada só.
Após minha passagem pela Faculdade de Letras da Usp e também após minhas próprias reflexões, cheguei à conclusão de que não é uma atitude adequada à busca do saber, ficar demarcando qual livro ou texto se deve ler e qual não se deve.
Cada pessoa tem o seu Tempo e o seu momento. Assim como hoje, provavelmente, eu não leia mais Paulo Coelho ou coisas do gênero, muitas pessoas estão em momentos diferentes e suas histórias de leituras caminharão para a direita, para a esquerda, para cima e para baixo.
A SENSAÇÃO DA RELEITURA
A história é toda metafórica. Gostei de reler.
Todos nós somos potencialidades e podemos criar e extrapolar as barreiras que nos determinam culturalmente. Recomendo a leitura do texto de Rubem Alves – O Nome -, que já publiquei aqui neste blog.
Ao invés de contar um pouco mais de detalhes sobre a história de Fernão Capelo Gaivota, ou de Jonathan Livingston Seagull - no título original -, recomendo a leitura do livro.
Eu o considero um clássico da literatura mundial. E, sem dúvida, não se perde nada na breve leitura. Pelo contrário, me levou a pensar sobre a questão das nossas potencialidades.
A VOLTA AO LAR PARA LUTAR POR MUDANÇAS
Gaivotas - imagem Wikipedia |
Como sindicalista, um momento no livro me chamou bastante a atenção:
Após um bom tempo fora, pois Fernão e outras gaivotas foram banidas de seu clã por serem diferentes, eles decidem voltar e ocupar o mesmo espaço do bando na praia.
Fernão e seu grupo de gaivotas passam a fazer acrobacias e altas técnicas de voo na frente de todos e, apesar da comunidade ser proibida de falar e olhar para eles, aos poucos as jovens gaivotas não resistem e começam a olhar de rabo-de-olho e a chegarem mais perto e a pedirem para o grupo de Fernão lhes ensinarem aquelas maravilhas.
É um momento muito legal de tática para envolver as massas... ou seja, querer partilhar o que se sabe e partilhar com os seus pares.
Depois também, Fernão deixa claro aos seus discípulos e aos demais que ele não é um deus, nem um ser especial e à frente de seu tempo. Ele é o que todos podem ser: ter um sonho e ser dedicado para realizá-lo.
Bibliografia:
BACH, Richard. Fernão Capelo Gaivota. Edição de Círculo do Livro. Tradução de Antônio R. Rosa e Madalena Rosález.
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