2001 Uma Odisseia no Espaço
Refeição Cultural
Revi o fantástico filme de Stanley Kubrick, produzido em
1968. É uma catarse visual e auditiva este filme.
A primeira parte, A Aurora do Homem, é uma das
entradas mais espetaculares de filmes que conheço. Eu já cheguei várias vezes a
minha casa e coloquei aqueles primeiros 20 minutos de filme.
Fiquei pensando no comportamento de Hal, o computador HAL
9000 da nave espacial Discovery One, cuja missão se destinava a ir a Júpiter. Eu
nunca confiei nem confio em computadores ou máquinas que fazem tudo por nós
humanos.
Depois deste filme, o cinema jamais seria o mesmo. E também
depois de 2001 Uma Odisseia no Espaço, outros filmes abordando a questão
homem versus máquina iriam nos deixar
a refletir sobre essa convivência e ou dependência na sociedade mundial.
Estaremos voltando no tempo?
Passei a primeira parte de minha vida, até uns vinte e
poucos anos, acreditando na possibilidade de vida inteligente no Universo, vida
além da que se desenvolveu aqui no planeta Terra. Hoje não acredito mais nisso.
A casualidade da vida e das formas que aqui se desenvolveram é um nascer e
morrer em meio ao ambiente agressivo e trágico à vida durante bilhões de anos.
Mas até aquela idade eu acreditava em várias coisas além do
mundo físico e tridimensional, como religião e deuses, fenômenos paranormais
etc. Hoje tenho uma visão mais pé no chão. Acredito que as coisas acontecem a
todo instante por pura casualidade, por falta de atenção e ou por serem
planejadas por nós mesmos. Também entendo que o homem, o ser racional de nosso Planeta, é um universo em miniatura (em seu funcionamento).
Somos uma máquina de inventar coisas, somos muito eficientes em sobrevivência nas piores condições e temos a capacidade de amar e odiar, de sermos o melhor e o pior em tudo.
Somos uma máquina de inventar coisas, somos muito eficientes em sobrevivência nas piores condições e temos a capacidade de amar e odiar, de sermos o melhor e o pior em tudo.
Mas fico sempre pensando nas máquinas que estamos criando há milhares de anos. Boa parte delas, criamos para matar. Outra parte delas para
produzir sobrevivência em condições adversas. Mas estamos numa fase de
construir máquinas que tenham independência em relação a nossos comandos. Aí é
que eu não sei aonde vamos parar.
Vejo a humanidade andando com os olhos nas telas de seus aparelhos
portáteis com o dedo correndo a tela para cima e para baixo, com letrinhas bem pequenas. Curtir,
compartilhar, comentar... replicar e espalhar micro coisas que não querem dizer
nada na maior parte do tempo. Horas e horas da vida real nesta vida virtual.
Humanos máquinas, máquinas humanas, hum... má... onde está a
humanidade? Máquinas calculam que humanos são desnecessários... alguns humanos
seguem o que lhes mandam por trás das máquinas... as redes sociais... que diabo é
isso? A cada dia o Facebook e outras empresas que se instalam em qualquer e
todo tipo de aparelho de comunicação direciona nossos filhos e conhecidos... ao
acordar já nos plugamos e quando vemos estamos sendo guiados por aquilo...
Tenho a impressão que estamos voltando a ser primatas...
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