O crepúsculo. Foto: William Mendes. |
Refeição Cultural
No meu perfil ("conta") da rede social da empresa Facebook, que fatura zilhões de dinheiros utilizando nossos dados, gostos etc, tem duas perguntas interessantes. Uma relacionada ao meu trabalho de gestor de saúde, outra relacionada ao sistema capitalista, que critiquei postando um vídeo de Noam Chomsky.
O Universo tem bilhões de anos. A vida no planeta Terra também tem seus bilhões de anos. O animal mamífero humano apareceu no Planeta há muito pouco tempo. Comparando a idade de existência deste pálido ponto azul que habitamos no Universo, seria a última folha em milhares delas, de um grosso livro de história deste mundo em questão.
O animal humano é, sem dúvida, uma grande evolução da natureza. Desenvolvemos o cérebro, nos tornamos onívoros e comemos qualquer porcaria existente no local, criamos cultura e linguagem, desenvolvemos tecnologia para sobreviver em qualquer ambiente e alterá-lo por necessidade ou por comodidade. Criamos tecnologia para matar em escala. Por fim, criamos meios de comunicação que aceleraram a velocidade do mundo e da vida e encurtaram as distâncias em todo o Planeta e fora dele, indo para o espaço.
Quando começo a desenvolver as ideias em uma reflexão como esta em que estou avançando por degraus as ideias, já olhei pra cima, vi três parágrafos e lembrei que devo acelerar para o fim do texto porque os humanos hoje não toleram algo maior que alguns parágrafos ou poucos minutos.
Vivemos uma incomunicabilidade na era das comunicações.
Não sei onde a raça humana vai parar.
Depois eu respondo lá na conta da empresa Facebook às duas questões que me fizeram. Aliás, onde detenho esta conta para falar com o mundo, este blog, também pertence a uma empresa, o Google.
Eu se tivesse desenvolvido o texto que iniciei nos três primeiros parágrafos, abordaria o que virou o mundo e o nosso país, dominado por pouquíssimos animais humanos que detêm a propriedade dos meios de comunicação globais. É o maior sistema totalitarista que a humanidade já viveu em seus poucos milhares de anos. Se eu, um nada, um indivíduo, virar a bola da vez de um desses animais donos da mídia global, por qualquer desafeto ou interesse contrariado desses deuses que podem definir se sou culpado de algo ou não, estarei massacrado no dia seguinte em todos os meios de comunicação espalhados como o ar em cada lar (no caso, ar infecto), em cada aparelho de celular neste pálido ponto azul que habitamos.
Estarei pulverizado, exatamente como no visionário e apocalítico "1984", de George Orwell. Os meios midiáticos de comunicação global na mão de poucos animais humanos são o Grande Irmão, a temida ficção que virou realidade no século 21.
William
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