Esposa e filho em um dia feliz a passeio em janeiro de 2016. |
Refeição Cultural - Diário 170216
Quando era adolescente, tinha um ditado onde cresci que dizia "tem dia que de noite é foda!".
Estamos atravessando uns dias do chamado "inferno astral" em casa. Mas entendo que não devemos agir como o personagem do famoso filme "Um dia de fúria", interpretado por Michael Douglas.
Neste momento, estou a mil quilômetros de esposa e filho. Eles lá em São Paulo precisando de meu amparo. Eu cá em Brasília cumprindo meus deveres de gestor eleito de entidade de saúde dos trabalhadores. E olha que, na segunda, saí logo cedo pela manhã para cumprir agenda de reuniões com trabalhadores em SP e a esposa ficou responsável por terminar o que ficamos fazendo o final de semana inteiro: ensacando as coisas da casa por causa do pó de quebrar banheiro e cozinha.
Nem conto que naquela segunda fiquei horas e horas no aeroporto de Congonhas fechado por causa do temporal e fui chegar a Brasília quase onze horas da noite, tendo uma pauta gigante de súmulas para ler. Enfim, ainda quase não dormi nesta semana. A esposa também.
Minha esposa está sozinha responsável por zilhões de responsabilidades domésticas nossas. O nosso pequeno apê está interditado com pedreiro. A esposa e filho estão em um hotel.
A mamãe de nosso filho vai com ele nesta semana para o interior de SP, quase 400 km, para o filhão fazer a matrícula na Unesp. Ele foi aprovado em Biologia. Por displicência de adolescente que deixa tudo para última hora, tiveram que correr na segunda-feira para providenciar documentos que ainda faltavam.
Ontem, terça-feira, esposa e filho tiveram que passar o dia em hospital e meu filho está com dengue. Mas ele tem que ir amanhã fazer matrícula na Unesp. Temos que achar casa para o filho morar em Jaboticabal.
Hoje pela manhã, mal a esposa descansou um pouco do dia inteiro em hospital, o pedreiro liga dizendo que a chave quebrou na fechadura e eu precisei acudir na solução. Acionei logo cedo o seguro 24h do Banco do Brasil e me prometeram que o chaveiro iria ao prédio entre 90 minutos a duas horas. Não foram no prazo dado.
Minha esposa está com trocentas coisas para resolver ao mesmo tempo. Eu estou quase sem dormir porque tenho agendas importantes em nossa entidade de saúde. Terei que viajar amanhã cedo para o Amapá. Estou há horas e horas lendo, realizando estudos e produzindo documentos de trabalho.
Enfim, às vezes, dá um aperto no peito por sempre deixar a família em segundo plano por causa de nossos compromissos profissionais. No meu caso ainda, é muito mais que compromisso profissional, é compromisso político e militância que escolhi fazer quando passei a representar trabalhadores.
Mas as coisas vão se resolver. O chaveiro acabou de chegar (depois de eu ter que reclamar na seguradora em nova ligação). Meu filho vai melhorar em alguns dias. Acho que vai dar certo irem fazer a matrícula. Minha agenda de trabalho vai ser cumprida. Já estamos quase conseguindo um local para o filho morar lá no interior.
E a luta continua porque a vida da gente é brigada mesmo.
Beijos Noni e melhoras filhão. Tenham paciência que tudo se resolverá.
William Mendes
Post Scriptum (releitura em 5/6/16, domingo):
Pelos dias seguintes ao mal-estar do filho, acho que não foi Dengue que o Mário teve, foi virose. O filhão está instalado lá no interior e terminando o primeiro semestre. Agora estamos refazendo o contrato da casa em que ele está, porque o rapaz que o abrigou na chegada está indo morar fora do Brasil.
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