domingo, 10 de dezembro de 2017

Na vida e nas lutas, desistir não é uma opção!



(atualizado em 11/12/17, às 13h)

Naruto Uzumaki, garoto órfão não se deixa abater
pelas adversidades da vida em momento algum.

Refeição Cultural

Está terminando o domingo. Estou em casa com a família, que bom! Momentos juntos não são comuns em minha atual jornada de lutas.

Não estou lendo literatura neste semestre com a frequência que gostaria porque minhas demandas no trabalho tomam conta de minha agenda praticamente em todos os dias do mês. Mas a dedicação é necessária e tudo bem, é por uma boa causa: a Cassi e os associados.

Neste sábado, trabalhei em casa até umas 19 horas. Estudei toda a pauta da reunião de Diretoria Executiva do início da semana. Teremos uma agenda bem cheia na segunda e terça-feira. Inclusive com reunião prévia das entidades representativas e mesa de prestação de contas sobre o Memorando de Entendimentos acordado entre o BB e os associados.


Três coisas que me levaram à reflexão neste fim de semana

Desde o ano passado, tenho visto alguma série ou anime com meu filho. Mesmo estando distantes, temos algo para vermos juntos e comentarmos. Tem sido bem legal isso.

Depois de assistir ao anime Death Note (ler comentários AQUI), começamos a ver agora Naruto. Meu filho conheceu a história do garoto ninja e seus amigos quando ele tinha uns dez ou onze anos. Diferente do Death Note, que contém 37 episódios, esse anime vai demorar muito tempo para vermos tudo, porque são centenas de episódios. Mas eu e minha esposa estamos indo bem, já chegamos ao 40.

Para dizer da impressão ou da mensagem que mais me chamou atenção até agora na história do garoto sem família, e que sofre com a forma como as pessoas de sua aldeia o tratam - com preconceito e discriminação - foi que ele não vive de chororô pelos cantos e não deixa que nada o impeça de olhar para a frente e seguir com determinação seu objetivo de ser o melhor ninja da aldeia. 

Apesar do garoto não ser um destaque na escola e na academia de artes marciais, suas atitudes perante a vida são algo a se pensar.


Um homem em situação de rua
e seus companheiros, seus animais.
Aí, entre o sábado e o domingo, fiquei muito pensativo ao observar uma pessoa em situação de rua, um sem-teto, que estacionou (com sua carroça) em frente do prédio onde moramos em Brasília no final da tarde de sábado e só foi embora no domingo pela manhã.

O homem chegou, arriou o seu cavalo, fixou a carroça na árvore e aos poucos fomos vendo seus amigos e companheiros. A cena chamou a nossa atenção. Além de seu cavalinho simples, ele tinha 3 cachorros, sendo um filhote em fase de adestramento, 3 galinhas e um gatinho filhote. Todos ficaram soltos ao redor dele e de sua carroça, brincando, ciscando, exceto o cachorro filhote, que corria atrás de quem passava perto, latindo e com intenção de brincar. Acho que alguns moradores não gostaram. Seu dono, mancando bastante, ia atrás dele e dizia "- vem com o papai". Mas, em momento algum, ele bateu nos seus animais. Quando anoiteceu, todos se recolheram dentro da carroça e, pela manhã, já haviam partido. 

Imaginem quantas pessoas em nosso mundo estão nessas condições. O que eles comeram? Como se viram diariamente? Quando começou a chover, todos ficaram quietinhos dentro da carroça. Todo ser humano tem direitos. Onde estão os dele?

Eu pensei muito a respeito e não concordo com o rumo que nosso país tomou após o Golpe de Estado, nem concordo com a forma como o mundo está hegemonizado pelo sistema e modelo capitalista. Outro mundo é necessário, com melhores condições de existência para todos e todas.

Em relação ao título desta reflexão, em que afirmo que desistir não é uma opção na vida ou nas lutas, esse homem que vimos por algumas horas está lutando, está sobrevivendo. Aliás, está cuidando de seus companheiros.

Por fim, neste domingo, fiz uma corrida que me deixou satisfeito. Ao longo deste ano que está terminando, tive muita dificuldade de correr com a regularidade que gostaria. Mas corri o possível. 

Agora, terminando o ano, entre novembro e dezembro, já consegui voltar a correr mais de 5k. Corri recentemente 6k, depois 7,5k, depois 8k (dias atrás) e hoje fui para o Eixão quase deserto, por causa das chuvas, e corri 9k. Foi muita concentração e fiquei feliz comigo mesmo. Sei que isso é bom para fortalecer não só minha resistência física e minha saúde, mas minha mente e minhas energias.

Fim do domingo, vamos pras lutas nesta segunda-feira.

William

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