I have climbed the highest mountains
I have run through the fields
Only to be with you
Only to be with you.
I have run, I have crawled
I have scaled these city walls
These city walls
Only to be with you.
But I still haven't found
What I'm looking for.
But I still haven't found
What I'm looking for.
I have kissed honey lips
Felt the healing in her fingertips
It burned like fire
These burning desire.
I have spoke with the tongue of angels
I have held the hand of a devil
It was warm in the night
I was cold as a stone.
But I still haven't found
What I'm looking for.
But I still haven't found
What I'm looking for.
I believe in the Kingdom Come
Then all the colours will bleed into one
Bleed into one.
But yes, I'm still running.
You broke the bonds
And you loosed the chains
Carried the cross of my shame
Oh my shame, you know I believe it.
But I still haven't found
What I'm looking for.
But I still haven't found
What I'm looking for.
But I still haven't found
What I'm looking for.
But I still haven't found
What I'm looking for.
Fonte: site www.U2.com
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Post Scriptum (30/5/19):
Ontem, ao andar pelas ruas arborizadas da Universidade de São Paulo, refletia sobre essa música, que de certa forma é uma espécie de lema em minha vida desde que a conheço.
O pior é que sou ateu e a música é gospel. Na verdade, muitos nomes de músicas, livros e filmes valem mais que o próprio conteúdo: "O céu que nos protege", "Cem anos de solidão" (livro maravilhoso), "Ainda não encontrei o que procuro".
Ainda não encontrei o que procuro... que foda!
Saí do Banco do Brasil depois de quase 27 anos de trabalho. Quase 30 anos de bancário. Deixei de representar a classe trabalhadora como eleito depois de quase 20 anos de representação. Hoje, tenho recursos para a manutenção da minha vida e de meus entes queridos. Mas não estou feliz. Não estou em paz.
Estava andando na USP porque voltei a ser estudante de graduação da Letras. Eu queria terminar algo que ficou incompleto, que não fiz de forma satisfatória, porque minha prioridade era a representação e a luta dos trabalhadores. Agora voltei e não estou feliz, está estranho e sem sentido estar lá agora. Pra quê?
Na minha lista de objetivos, feita naquele período duro da adolescência, quando temos que sobreviver todos os dias, tinha desejos que eu hoje poderia realizar como, por exemplo, ter uma Harley Davidson e sair andando por aí. Não quero mais. Não tem sentido isso.
Quis fazer o caminho de Santiago de Compostela por quase três décadas. Cheguei a planejar a ida por duas vezes. Abortei ambas por causa de meus compromissos com a militância social. Poderia ir agora. Não sei se vou mais. Tá esquisito.
Tinha o sonho de correr e completar uma maratona. Cheguei a correr uma meia e a emoção de completar os 21k foi inesquecível. Hoje, teria condições de planejar uma rotina de treinos de seis meses a um ano e realizar esse sonho. Uma ressonância magnética na região do quadril revela que tenho alterações estranhas nos ossos, desgastes nos fêmures, desvio na região lombar etc. Que merda é essa que já me traz dores há meses?
E, por fim, o que mais está me matando, talvez nos matando, é o fato de o povo do meu país ter escolhido um fascista para governar o Brasil. Ele e sua família são acusados de envolvimento com milícias, defendem a destruição do patrimônio nacional, empresas públicas, destruição da natureza, fim dos direitos do povo, pregam o ódio e a ignorância. Estar vivendo isso, e saber que foram as pessoas que optaram por isso, está me matando de verdade. Talvez daí venha a falência do corpo que sempre enfrentou batalhas e batalhas. Isso tem sido demais.
Chega de comentar por hoje. Ainda não encontrei o que procuro...
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