As conchas do caminho. |
Minha chegada a solo Espanhol ainda demora.
Enquanto isso, tenho que seguir caminhando.
Em agosto, farei novamente minha caminhada de Uberlândia (MG) até a cidade de Água Suja (MG). São cerca de 85 km, feitos em um único dia.
Enquanto caminhamos, vamos escolhendo veredas que surgem a nossa frente. Muitas vezes nos deixamos levar por elas sem sabermos aonde vão dar. A vida é exatamente isto: escolha de trilhas a todo instante que podem dar aonde pensamos ou podem, ao contrário, nos levar ao oposto daquilo que mentalizamos.
Onde estarei daqui a pouco? A lógica da aparente estabilidade reconfortante que o bicho homem criou com o advento das cidades diz que estarei em casa para cumprir a rotina de minha existência já estabelecida como ator social. Será?
Não é tão simples assim. Por mais que isso assuste as pessoas em seus pseudo-mundos-estáveis-e-seguros, podemos encontrar o imponderável a qualquer minuto.
- Que bom que é assim!
Ao menos podemos lembrar, vez por outra, que somos mamíferos mortais e efêmeros.
Essa lembrança também é dialética porque tanto pode nos fazer egoístas para vivermos o carpe diem, a custo de não pensar ou lembrar do próximo, como também pode nos dar a sabedoria e discernimento de sabermos que todos são iguais dentro das leis naturais e caóticas que regem o mundo.
É... vamos caminhando...
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