A morte e o avarento. Hieronymus Bosch. (1485-90) |
Refeição Cultural
Leitura de um capítulo de A Montanha Mágica. Foi um capítulo mais de descrição que de reflexão, como o anterior.
O anterior tratou do tema morte, onde Mann faz uma reflexão fantástica sobre ela. Para quem ela existe? Para quem ela é um problema? Quem a sente?
Enquanto sou, não há morte. Há morte quando não sou. A não coincidência dos eventos é reconfortante. Jamais posso sentir a morte porque o sentido, a sensação, só é possível aos vivos. A partir do instante em que eu não for, não ser, não haverá morte para mim.
Quem sente a morte são os outros. Ela é um problema para os outros vivos. De forma egoísta, de não penalização pela dor do outro, não há por que temer a morte. Você não a viverá. Nem irá senti-la.
A morte, enquanto algo real, tangível, não existe para o ser objetivo que a encontrará. Não haverá a "experiência da morte". Trata-se, aqui, da dor da perda do outro. Essa nos é de direito. E aí já é outra reflexão...
Diário do não-temente da morte (d'eu).
William Mendes
O anterior tratou do tema morte, onde Mann faz uma reflexão fantástica sobre ela. Para quem ela existe? Para quem ela é um problema? Quem a sente?
Enquanto sou, não há morte. Há morte quando não sou. A não coincidência dos eventos é reconfortante. Jamais posso sentir a morte porque o sentido, a sensação, só é possível aos vivos. A partir do instante em que eu não for, não ser, não haverá morte para mim.
Quem sente a morte são os outros. Ela é um problema para os outros vivos. De forma egoísta, de não penalização pela dor do outro, não há por que temer a morte. Você não a viverá. Nem irá senti-la.
A morte, enquanto algo real, tangível, não existe para o ser objetivo que a encontrará. Não haverá a "experiência da morte". Trata-se, aqui, da dor da perda do outro. Essa nos é de direito. E aí já é outra reflexão...
Diário do não-temente da morte (d'eu).
William Mendes
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