terça-feira, 18 de novembro de 2014

Diário - 181114 (1ª corrida em Brasília)


Refeição Cultural

Estou em Brasília, Capital Federal do Brasil. País que tanto amo. Eu não trocaria meu país por nenhum lugar do mundo!


Acabei de fazer um gesto de carinho aos meus pais, minha esposa, meu filho, minha irmã e meus sobrinhos. E a mim também. Saí para correr pela primeira vez aqui no DF. Explico o gesto de carinho...

Eu sempre pedi para meus pais se cuidarem porque além de ser importante para eles é importante para mim. Saber que minha mãe e meu pai estão comigo é um conforto e me dá uma baita energia extra para enfrentar as dificuldades, as dores, as tristezas e todo dia recomeçar. Eles sabem disso. Eu sei o quanto é importante para eles eu estar bem também. Eu preciso me cuidar para as pessoas que me amam.


O mesmo se dá com minha esposa, filho, irmã e sobrinhos. Minha esposa, aliás, tem se mostrado uma companheira de grande valor. Os desígnios e as tarefas que o movimento dos trabalhadores tem definido para mim nos últimos anos são de grande carga de trabalho, distância da família e de desgaste físico e emocional. Eu não me importo com as dificuldades da militância porque acreditamos em lutar para mudar o mundo para melhor, mas é verdade que sacrifico aqueles que realmente me amam e pensam na gente com leveza no coração.

Quando fiz o Exame Periódico de Saúde meses atrás, a doutora que me atendeu comentou que eu tenho um bom nível de HDL, o colesterol que protege nossas artérias e o coração. Expliquei que o motivo seria porque eu sempre pratiquei corrida e caminhada. Mas está aí o problema dos últimos tempos: por não ter rotina fixa, não tenho conseguido correr e "proteger" meu coração. Vivemos no limite do estresse sem descompensar e sem correr... é pedir pra morrer!


Como defini que vou correr a São Silvestre novamente, arrumei um objetivo a perseguir... e além da parte do desafio de estar em condições de completar a prova, cuido do coração e faço um gesto de carinho àqueles que se preocupam comigo. Fiz um cronograma para me obrigar a correr nos finais de semana.

Bom, corri nesta terça-feira 4 km em 28' em um trote só para relaxar e tirar dos ombros mais um longo dia de trabalho. Foi muito prazeroso e estou feliz por isso. Essa corrida extra deu uma leveza para terminar o dia e escrever aqui que amo minha família...

Um beijo pra minha mãe, pro meu pai, pra esposa, irmã, filho e sobrinhos... e pra todo mundo que gosta e respeita a gente!

Agora vamos comer uma pizza que acabou de chegar...

William Mendes

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Post Scriptum:

Apesar de estar sozinho aqui, ofereço essa pizza com cerveja pra vocês Noni e família...

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Post Scriptum (10/6/19):

1ª Corrida em Brasília aos 50 anos

Ontem, domingo, saí do hotel para correr no Eixão sem compromisso com distância a percorrer. Estava visitando a cidade no fim de semana para encontrar amigos. No sábado 8 fez um ano que peguei o carro e fui embora de Brasília; minha esposa e a mudança já haviam partido.

Ir a Brasília é sempre uma mescla de sentimentos bons e ruins. Minha família não tem boas lembranças da estadia lá: mudanças repentinas, tristezas, solidões - tenho responsabilidade nisso. Eu guardo lembranças boas: sei que realizamos um trabalho honesto, ímpar e de resistência na entidade de saúde em que fui gestor eleito por meus colegas bancários. Por outro lado, senti a mão pesada do patrão e sua estrutura de poder, ao enfrentá-lo em algumas questões estratégicas para meus representados.

Em relação à experiência de viver em Brasília, andar e correr por suas alamedas arborizadas, ouvir o canto de seus pássaros, apreciar maravilhado suas flores de estação, passar quatro anos contemplando o céu azul, e as estrelas, e o por do sol e suas tonalidades multicores, essa relação foi de paquera, namoro e amor. Me tornei um apaixonado pela natureza de Brasília.

As corridas no Eixão, fechado aos domingos e feriados para lazer dos moradores e visitantes, foram um capítulo à parte na minha estadia. Foram anos de muita felicidade em andar, correr e pedalar no Eixão. Com muita gente em dias de sol, com pouca gente em dias de preguiça, com quase ninguém em dias de chuva. Ali, meu corpo e minha essência se encontraram com Brasília. Superei distâncias em períodos de treinamento; superei cansaços físicos e mentais em dias de estresse e talvez depressão. O Eixão ficará para sempre gravado em minha memória.

Neste fim de semana, ao estar em Brasília, corri no Eixão. Senti uma felicidade gratuita muito boa. Não ando feliz. O sol estava gostoso, temperatura amena, 23°. Fui num trote leve do setor hoteleiro até o fim da área fechada para pedestres no lado Sul, coisa de 7k. Almocei ali perto de onde morei. Revi a região na sexta e ontem. Vi gavião carcará, os pássaros comuns dali - sabiá, bem-te-vi, joão-de-barro, beija-flor. E quando voltava no Eixão, já quase no fim, consegui achar uma corujinha nos canteiros laterais gramados. Vi também curicacas voando sobre o Eixão.

Corri 7k e andei mais uns 8k e foi muito prazeroso o domingo no Eixão. Prometi a mim mesmo que quero voltar algumas vezes e correr percursos longos. Quero voltar agora e correr 10k.

É isso! Até mais, Brasília!

4 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns por sua garra e persistência.
Vc sabe o qto é importante na minha vida e das outras pessoas que nomeou nessa postagem. Fico muito orgulhosa de poder estar ao lado de uma pessoa determinada como vc é.
Te Amo muuuuito e desejo todo sucesso para vc hoje e sempre.
Conte comigo!!! Estarei sempre ao seu lado meu amor..... ♥♥♥ bjs N♡ni!!!

Marli Oliveira disse...

Parabéns primo! Te desejo tudo de bom...Familia é tudo mesmo!
Agora me deixou curiosa, fala aí o número deste HDL, quero ver se é pq é meu primo e tá no sangue, pq o meu tbm é top...Nem só ele como todo o perfil lipídico.. Kkkkk... Beijão!!

William Mendes disse...

Noni querida, você tem sido muito importante pra mim pelo apoio e pela compreensão. Bjos

William Mendes disse...

Prima, tudo bem com você e essa família linda? Você sabe que no dia a médica comentou comigo, eu até perguntei na hora, mas não me lembro mais. O que sabemos é que não podemos vacilar porque evitar perder a condição de saúde é mais fácil do que recuperar a condição de saúde. Mas no meu caso é complicado porque não tenho uma vida regrada nem na alimentação, nem na rotina. Tenho visto que você o Alexandre e filhos mantém uma disciplina alimentar muito legal. Muito bom. Bjos pro'cês