terça-feira, 3 de janeiro de 2017
É urgente salvar o Brasil e os brasileiros da mídia empresarial
Sob o chavão de "liberdade de imprensa", um termo sério em sua origem, mas apropriado criminosamente na contemporaneidade por empresários bilionários de corporações globais para subjugar populações e soberanias dos países a seus meios totalitários de comunicação de massa, o Brasil e o povo brasileiro estão sendo destruídos de maneira quase irremediável, no presente e no futuro.
O Brasil já é um ornitorrinco quando se fala em Democracia e República. Podemos até falar também em relação ao "Capitalismo". Falamos em poder do povo num País que em sua história tem mais golpes de estado e derrubadas de governos do que períodos onde governa quem o povo elegeu.
Falamos em coisa pública num País que em cinco séculos de exploração de elites várias, nunca teve de fato a separação da coisa privada e da coisa pública. Os governos das elites sempre estenderam seus bens privados se apropriando do público. Um País governado por coronéis, "doutores" e indicados por eles. Na minha opinião, a Casa Grande.
E o que dizer sobre se entender um país capitalista, se fomos os últimos a abolir a escravidão e passarmos décadas sem distribuição mínima de renda do trabalho para que os trabalhadores consumissem os bens produzidos?
O mundo e as sociedades vão mudando com o passar do tempo e hoje o Planeta Terra é hegemonizado pela tecnologia da "informação". As "pessoas" jurídicas suplantaram o poder dos Estados Nacionais e os poderes atuais dos donos dos conglomerados de comunicação os transformaram em deuses e donos do mundo. Donos de nossa vida e nossa pauta.
Eu mal posso começar a desenvolver com profundidade minhas ideias a respeito do tema porque minhas ocupações profissionais e de representação são outras (área da gestão de saúde). Se estivesse na condição de acadêmico e estudioso do tema, adoraria dedicar minha luta contra o totalitarismo da mídia empresarial. Eu já fui dirigente eleito por trabalhadores responsável por setor de comunicação em uma confederação - a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
Tive a felicidade de estudar o tema, de me envolver e participar dos movimentos que lutam e reivindicam regulamentação da mídia no Brasil e sei que o verdadeiro poder de dominação do mundo atual é de quem detém estes meios de comunicação de massa.
O golpe de estado aplicado no Brasil no ano de 2016, mais uma vez teve a liderança e o planejamento central a partir de magnatas da comunicação brasileira como os irmãos Marinho, a família Civita, os Frias e os Mesquita. Como a oposição política e partidária aos governos federais do Partido dos Trabalhadores não teve capacidade de propor nada que dialogasse com o povo brasileiro em mais de uma década, coube aos donos da comunicação concentrada (inconstitucional) se estabelecerem como oposição aos governos do PT e aos programas e avanços históricos para o povo brasileiro.
Quando isso ficou claro, esses meios de comunicação empresarial, o chamado 4º poder, passaram a ser chamados por nós do campo progressista e contra-hegemônico de Partido da Imprensa golpista (PIG).
Iniciamos o "Ano Novo" sem haver ano novo. O ano da destruição do Brasil e da democracia brasileira, 2016, seguirá todos os dias por um longo tempo, em relação às pautas colocadas pelos golpistas, o tal 1% dos donos de tudo (corporações globais e rentistas).
Na minha opinião, é urgente que as lideranças nacionais do campo progressista definam uma estratégia consistente para bloquear essa máquina totalitária desses empresários do PIG.
Essa máquina de manipulação ideológica envenenou o povo brasileiro. Criou uma cultura de ódio e intolerância que não será revertida tão cedo. Mas há que se começar a combater essa máquina totalitária de manipulação.
É isso que penso. Poderia alongar as reflexões entrando na exemplificação de eventos sociais brasileiros que relaciono como efeitos oriundos dessa máquina de destruição do Brasil e dos brasileiros, mas paro por aqui.
O povo e as entidades de representação do povo, que já não estejam sob domínio e influência desses donos de toda a mídia golpista, precisam enfrentar e tomar para si os meios de comunicação, principalmente os de concessão pública, porque o direito à informação é um direito humano.
William
Cidadão brasileiro
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2 comentários:
Concluí o livro "O Lucro ou as Pessoas" de Noam Chomsky ontem a noite. Ele comenta muito sobre o neoliberalismo e os resultados nefastos aos trabalhadores de todo o mundo. A imprensa mundial, em geral, sempre apoiando o público interno, (leia-se lideres políticos, grandes empresas e privilegiados em geral) fica omissa em várias questões de interesse popular. No livro, ele cita um acordo (AMI), que por sorte não vingou, como segue a notícia: "Em 1998, naufragou, após três anos de negociações secretas, o Acordo Multilateral de Investimentos (AMI). Um ano depois, sucumbiu a “Rodada do Milênio” da Organização Mundial do Comércio. A debacle deu-se em Seattle (EUA), sob pressão, então inédita, de movimentos sociais de todo o mundo, em protestos de rua que dariam origem ao chamado “altermundismo” e, em seguida, aos Fóruns Sociais Mundiais."
À época, a imprensa mundial deu muito pouca importância ao famigerado acordo e eu só soube pelo livro do Chomsky.
Primo, que legal a leitura!
Sou fã do Noam Chomsky.
Abraços
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