Imagem que vi nos últimos anos trabalhando em Brasília. |
Amanheci em Belo Horizonte, Minas Gerais, nesta segunda-feira 5 de março. Vamos conversar com os trabalhadores sobre as eleições na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. Estamos participando do processo em uma das quatro chapas inscritas.
Março é o mês que nos faz lembrar das lutas das mulheres. Há muito que avançar e desejo sucesso na luta pela igualdade de direitos em um mundo vivendo retrocessos políticos e sociais.
Não tenho feito outra coisa nas últimas semanas que não seja conversar com bancários e bancárias da ativa e aposentados associados à Caixa de Assistência, antes de tudo pedindo que todos se envolvam no processo de consulta ao corpo social para renovação de parte da governança da Cassi, que é a única entidade de autogestão em saúde que tem a magnitude de eleger a metade da direção, sendo a outra metade indicada pelo patrão, no caso o patrocinador Banco do Brasil.
Até o momento, a campanha tem sido muito positiva com um processo de apresentação de propostas por parte das quatro chapas inscritas. Isso é fundamental porque a Cassi e os associados precisarão de muita unidade logo após as eleições para enfrentarem o momento mais difícil de sua existência de 74 anos.
Gostaria de escrever mais algumas reflexões, mas meu tempo já se esgotou e tenho que sair correndo para o café e para a rua.
Termino essa curta postagem dizendo que estou muito tranquilo em relação ao processo eleitoral. Estamos terminando um mandato na Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi onde colocamos toda a nossa energia, inteligência e combatividade para enfrentar os desafios em fortalecer o modelo assistencial de Atenção Primária e Estratégia Saúde da Família, as políticas e programas de saúde da entidade e a participação social via conselhos de usuários e entidades representativas. Fizemos isso em meio a maior crise de sustentabilidade do setor de saúde e a Cassi está inserida nesta crise.
O que fizemos? Fizemos a Cassi seguir neste período, os associados não perderam nenhum direito e envolvemos o conjunto dos associados e suas entidades nas discussões sobre o futuro da entidade. Já é alguma coisa. Além de fazer o modelo assistencial ser reconhecido como o caminho a seguir.
O fato é que são imensas as dificuldades que a chapa eleita e os demais membros da governança, e sobretudo os trabalhadores associados, vão enfrentar nos próximos anos. São dificuldades existenciais porque as autogestões correm o risco de desaparecerem por causa das medidas autoritárias impostas pelo governo que ocupa a presidência do país.
Desejo boa campanha aos colegas inscritos nas quatro chapas e que a equipe eleita se integre aos que lá estão para buscarem soluções para os desafios colocados à Cassi (a eleição é de uma das 4 Diretorias e de parte dos Conselhos Deliberativo e Fiscal).
Uma coisa eu afirmo em relação ao que penso sobre a Cassi: nossa Chapa 1 Em Defesa da Cassi defende a solidariedade como princípio porque antes da Cassi para os associados existe os associados para a Cassi. Se a solidariedade for quebrada, onerando cada vez mais o trabalhador e excluindo ele do sistema Cassi (por não dar conta de pagar), o sistema vai diminuir a população que atende, que deve ser toda a população de ativos, aposentados, dependentes e pensionistas, como reza o estatuto social. E sua sinistralidade vai aumentar ficando inviável o custeio.
O governo ilegítimo editou medidas que já começam o trabalho de inviabilizar a Cassi não permitindo a entrada de novos no Plano de Associados com os direitos históricos que a comunidade de trabalhadores do Banco do Brasil conquistou em décadas de lutas. Ou derrubamos essas medidas ou fica difícil para a sustentabilidade da Cassi.
Tenho que sair e não posso continuar escrevendo. É isso!
William
Nenhum comentário:
Postar um comentário