Capa do filme. Divulgação. |
O PLANO
PERFEITO – DE SPIKE LEE, 2006
Com: Clive Owen, Denzel Washington, Christopher
Plummer, Jodie Foster, Willem Dafoe e Chiwetel Ejiofor.
(Atenção:
este comentário revela a trama do filme. Caso você não o tenha assistido, seria
melhor vê-lo primeiro e ler o comentário posteriormente)
Em um
recente módulo de formação sindical, nós discutimos acerca deste filme. Ele foi
lembrado por um grupo de participantes como uma boa referência para se pensar
em OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E TÁTICAS.
O início do
filme é interessante. O mentor do assalto se apresenta e trabalha com as
seguintes perguntas: quem, o que, onde, quando, por quê e como?
QUEM?
Dalton
Russel (Clive Owen) é o cara que planejou o assalto.
O QUE?
Assalto a
banco.
ONDE?
Banco Manhattan Trust, Nova York.
QUANDO?
No tempo da
ação do filme.
POR QUÊ?
Dalton diz
que é porque ele pode.
COMO?
O filme
contará como o assalto foi arquitetado.
OBJETIVO,
ESTRATÉGIA E TÁTICAS
A
interpretação que faço é uma leitura para desenvolver um pouco a ideia da
importância do planejamento estratégico, onde é fundamental definir os
objetivos a serem alcançados, a estratégia para se alcançar aqueles objetivos
(como chegar lá) e as táticas para caminhar naquela estratégia (as trilhas, os
desvios etc).
OBJETIVO
Roubar o
banco pela questão básica de conseguir riqueza e roubar segredos do cofre 392
de posse do dono do banco Arthur Case (Christopher Plummer) que o incriminariam
pelo enriquecimento ilegal baseado em crimes de guerra por ligações com o
nazismo: papéis da época e um anel de família de banqueiros judeus, mortos em
campo de concentração.
O objetivo
inicial era roubar o banco e os segredos e desmotivar o dono a fazer queixa do
assalto por não querer que o segredo fosse revelado, pois ele enriqueceu às
custas das vítimas do Holocausto – crime considerado como crime de guerra.
ESTRATÉGIA
Entrar no
banco em horário de funcionamento e fazer dezenas de clientes como reféns e
vestir todos da mesma forma que os assaltantes para não permitir a
identificação do grupo que executa o plano.
Também
fazia parte da estratégia, o líder do grupo ficar alguns dias dentro do banco,
em fundo falso construído pelo bando, e depois sair tranquilamente pela porta
da frente.
TÁTICAS
Várias
táticas foram utilizadas pensando no plano inicial:
-usar raio
infravermelho para desligar as câmaras de segurança;
-fazer
pedido difícil de realizar como, por exemplo, conseguir um avião, para ganhar
tempo na preparação do esconderijo;
-misturar
pessoas do bando junto aos grupos de reféns para ninguém identificar ninguém
etc.
MUDANÇAS
TÁTICAS
Após
encontrar uma quantidade enorme de diamantes junto com os segredos no cofre
392, o líder decide deixar o dinheiro e roubar os diamantes que não estavam
registrados no banco. Deixando o dinheiro, não haveria roubo e os objetivos
seriam alcançados, ou seja, adquirir riqueza e os segredos do cofre.
Outra mudança
tática tem relação com o aparecimento do detetive Keith Frazier (Denzel
Washington), o qual o líder do bando passa a admirar pela inteligência e perspicácia.
Russel vê
no detetive a possibilidade de ver o banqueiro denunciado por crimes de guerra.
ATUAÇÕES E
ALGUNS COMENTÁRIOS
Vale destacar
a excelente interpretação de Denzel Washington no papel do detetive Frazier.
O papel de
vigarista de alto calão dado à Judie Foster (interpretando Madeline White).
Como sempre,
são fantásticas as denúncias de Spike Lee sobre preconceito e discriminação.
-Que o diga
o coitado do bancário com aparência de “árabe”;
-A questão
do policial negro que está no comando;
-A cena do
menino jogando videogame violento e explicando o mundo para o líder do bando é
o máximo!
Bom filme! Para
ver mais de uma vez.
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