Obrigado, Eduardo Galeano, pelo produto de sua "caça de palavras". |
Refeição Cultural
"Después me levanté y caminé. Sentía la arena en las plantas de los pies descalzos y las hojas de los árboles me tocaban la cara. Había salido del hospital hecho un trapo, pero había salido vivo, y se me importaba un carajo el temblor del mentón y la flojera de las piernas. Me pellizqué, me reí. No tenía dudas ni miedo. El planeta entero era mi tierra prometida.
Pensé que conocía unas cuantas historias buenas para contar a los demás, y descubrí, o confirmé, que escribir era lo mío. Muchas veces había llegado a convencerme de que ese oficio solitario no valía la pena si uno lo comparaba, pongamos por caso, con la militancia o la aventura. Había escrito y publicado mucho pero me habían faltado huevos para llegar al fondo de mí y abrirme del todo y darme. Escribir era peligroso, como hacer el amor cuando se lo hace como debe ser.
Aquella noche me di cuenta de que yo era un cazador de palabras. Para eso había nacido. Ésa iba a ser mi manera de estar con los demás después de muerto y así no se iban a morir del todo las personas y las cosas que yo había querido.
Para escribir tenía que mojarme la oreja. Yo sabía. Desafiarme, provocarme, decirme: 'No podés, a que no'. Y también sabía que para que nacieran las palabras yo tenía que cerrar los ojos y pensar intensamente en una mujer"
(Os sublinhados são destaques feitos pelo Blog)
Li pela manhã esse excerto de Eduardo Galeano, em seu livro "Días y noches de amor y de guerra" (1986) e fiquei emocionado.
Saí para o trabalho. Voltei para casa no fim da tarde e estava lendo até agora há pouco (depois das 22h) a grande quantidade de textos técnicos da área de gestão em saúde que compõem as deliberações de minha reunião de Diretoria Executiva de amanhã cedo.
Peguei novamente o livro de Galeano e reli o trecho. Que coisa linda! Em suas reminiscências, o escritor uruguaio lembrou de uma de suas mortes - "Mi segunda muerte fue así" - quando teve duas malárias em um mês, estando como exilado em um país sul-americano. Os tempos eram de ditaduras militares sangrentas nas Américas.
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"Aquella noche me di cuenta de que yo era un cazador de palabras. Para eso había nacido"
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E que belo escritor nos saiu Eduardo Galeano!
Estou lendo seus livros agora, já entrando minha madurez. Galeano tem me inspirado muito com suas palavras.
E tenho pensado muito na militância, na vida, na dedicação às causas e nos sacrifícios que impomos a nós mesmos e nossos entes queridos.
Aprendi com a frase famosa de Galeano que a Utopia serve para seguirmos sempre em frente, por mais que andemos e a Utopia se afaste do mesmo tanto.
É isso! Obrigado por sua vida dedicada à caça das palavras, Eduardo Galeano!
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"Escribir era peligroso, como hacer el amor cuando se lo hace como debe ser"
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Fecho a refeição cultural com a frase do excerto comparando o perigo em escrever e fazer amor. Genial!
E por falar em amor, eu diria nos diversos amores:
- Filho, eu te amo! Sinta meu amor e meu apoio mesmo estando longe de ti no dia a dia. Tamo junto!
William
Um leitor
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