terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Diário e reflexões - CartaCapital 1293



Refeição Cultural - CartaCapital 1293

Osasco, 6 de fevereiro de 2024. Terça.


JUSTIÇA INCOMPLETA

Voltei a assinar o plano com a edição impressa da revista CartaCapital para apoiar o trabalho da equipe liderada pelo jornalista Mino Carta. Minha necessidade de informações atualmente é diferente da necessidade no passado, quando representava pessoas. Não tenho pressa nem precisão de saber o que se passa neste momento. E, se precisar, sei onde buscar informações, tenho algumas noções das coisas da política e do mundo. Só noções, mas já é alguma coisa.

Entretanto, caso consiga ler a edição semanal da revista mesmo após aquela semana em questão, estarei talvez mais bem informado do que muita gente, inclusive do meio político, por saber da qualidade da equipe de CartaCapital. Terei aquilo que afirmava ser o básico para as pessoas da classe trabalhadora que representava - noções das coisas -, afinal de contas, vivemos num mundo de gente sem noção de nada, de nada! 

E mais, vivemos num mundo que estimula a ignorância e cuja mídia hegemônica (da casa-grande) idiotiza as pessoas, mundo de explicações mitológicas e mentirosas para as coisas mais comezinhas da vida, explicadas há tempos pela ciência. Um mundo pior hoje que ontem, pois nunca houve uma máquina global de desinformação em escala e com rapidez como há na atualidade, através das big techs e seus poucos donos, humanos que acabam sendo os donos do mundo mesmo, pois são os donos das mentes de bilhões de animais humanos.

Reflexões rápidas sobre meu ato de ler revistas CartaCapital depois da semana que elas retrataram na edição "a" ou "b" em seus conteúdos.

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NOTÍCIAS DE DUAS SEMANAS ATRÁS SOBRE O BRASIL E O MUNDO

Justiça incompleta - Passado um ano, falta apontar os mentores do 8 de janeiro.

Gostei muito do artigo Os destrutivos "homenzinhos", de Luiz Gonzaga Belluzzo: que diz "O pequeno fascismo cotidiano floresce em indivíduos que carregam na alma as frustrações da sociedade de massa". A revista destaca uma ideia central do texto: "vítimas de um processo social que não compreendem, os ressentidos cultivam inimigos imaginários".

Nas matérias sobre o destaque da capa da revista, temos duas figuras que me enojam: o tal do Lira, em foto ao lado de Bolsonaro, e o tal ministro Múcio, "embaixador dos militares"... é um absurdo esse cara ainda ser ministro de Lula.

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Também gostei do artigo do Cláudio Couto: 

Inimigo X - Eis o problema: o bolsonarismo continua a ser o sujeito indeterminado da tramoia golpista. 

Ele tem razão!

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A matéria sobre "Ameaça tecnológica" na questão das eleições brasileiras aborda os riscos do uso da Inteligência Artificial na produção das fake news e manipulações das pessoas, coisas que tenho apontado em minhas reflexões. Todo mundo se preocupa com a questão... claro, né! Mas e a solução?

Aliás, registro aquilo que Chomsky e Nicolelis explicam o tempo todo: a tal IA não é nem inteligente, nem artificial. Tem um cara por trás da IA e dos algoritmos e ele não está necessariamente pensando em nosso bem-estar (nós humanos), mas sim no lucro da empresa que paga para ele manusear e criar aquilo.

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A matéria sobre as mineradoras que destroem o Brasil e a vida dos brasileiros é revoltante, nos deixa indignados. Que merda! Tanto as tragédias recentes não tiveram soluções satisfatórias para as vítimas, como existem centenas de outras possibilidades de novas tragédias e destruições. É uma guerra contra a natureza e os inimigos estão ganhando as batalhas todas.

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Na matéria sobre economia com a questão "Quem tem razão?", Haddad ou Gleisi Hoffmann, o articulista deixa claro que a presidenta do PT tem razão na divergência sobre déficit zero ou não. Eu estou com Gleisi, óbvio!

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Nas matérias internacionais da seção "Nosso Mundo" soubemos das merdas do Trump nos EUA, que enfrenta a justiça e as primárias ao mesmo tempo. É a tal "democracia liberal" norte-americana que os brasileiros analfabetos políticos pagam pau! Também li sobre o genocídio do povo palestino pelo governo sionista de Israel, na matéria falando das brigas com o Hezbollah, além do Hamas. E sobre a ascensão da extrema-direita AfD na Alemanha.

O mundo tá foda!

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Gostei também das notícias culturais da seção "Plural".

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COMENTÁRIO FINAL

Uma coisa é certa: não perdi nada em ler as 58 páginas da revista, pelo contrário, só ganhei com a leitura.

Sigamos lendo aunque sean los papeles rotos por las calles (Cervantes)... Que dirá materiais excelentes como a revista do Mino Carta.

William


Post Scriptum: comentário sobre a leitura da revista anterior aqui.


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