Refeição Cultural - CartaCapital 1292
Osasco, 18 de janeiro de 2024. Quinta-feira: estamos sendo cozidos pelo calor.
REINVENÇÃO VERDE
A revista CartaCapital da primeira semana de janeiro de 2024 traz como matéria de capa a questão do meio ambiente e do desenvolvimento econômico brasileiro. A matéria informa os principais pontos do plano de transição sustentável do governo Lula para reabilitar a indústria e dinamizar a economia nos próximos anos.
Há muita contradição a respeito da temática do meio ambiente e o que seria desenvolvimento sustentável. Entretanto, fico aliviado pelo menos ao ver confirmado o que avaliei no início do ano passado, que não teríamos a ordem de destruição dos biomas brasileiros partindo do Planalto Central, do próprio governo, como tivemos durante os anos de exceção, sob o domínio dos golpistas Temer e Bolsonaro.
Mas que é difícil interromper a destruição dos nossos biomas e adiar ou reverter a emergência climática sob a hegemonia do capitalismo, isso é! Os responsáveis pela destruição de tudo são poucos, são aqueles animais humanos que detêm toda a riqueza do mundo e nada acontece a eles. A multidão de humanos que destrói lá na ponta, no mato, no rio, no mangue, é gente miserável e com fome, sem nada de nada.
"Humanizar" o capitalismo?
Essa é a questão! Se meus pares petistas e ou de esquerda quiserem só amenizar o capitalismo... vamos todos desaparecer da face da terra.
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SAÚDE: EFEITO SANFONA - Seção de Drauzio Varella
Outra matéria que gostaria de comentar, só para registro, é a respeito do tema saúde.
O Dr. Drauzio Varella aborda resultados de estudos com medicamentos que prometem emagrecimento aos usuários. Os estudos demonstram que o uso contínuo de determinados medicamentos fez as pessoas perderem até 25% do peso, e as pessoas que usaram placebo a partir de determinado momento voltaram a aumentar o peso, tendo uma diminuição bem menor de peso que o outro grupo no período avaliado pelos estudos.
No final do artigo, ele conclui que os medicamentos em questão são caros, fora do alcance até da classe média, e que ainda não se sabe os efeitos colaterais por um uso permanente.
O Dr. Varella nos lembra que desde muito tempo a receita básica para a questão do sobrepeso e obesidade são aquelas dicas óbvias para que as pessoas façam atividade física e consumam menos calorias. E comentou o óbvio também: é difícil as pessoas fazerem o que não gostam como, por exemplo, exercícios físicos, e deixarem de comer o que gostam. A conta não fecha.
Eu tive a oportunidade de estudar algumas matérias de saúde quando fiz disciplinas da área da Educação Física e depois me aprofundei na área de gestão de saúde em uma autogestão (Cassi) cujo modelo assistencial era baseado em atenção primária e medicina de família. Os resultados de grupos de participantes vinculados ao modelo são expressivos - independente da faixa etária! -, tanto os resultados em saúde quanto no uso dos recursos do sistema.
Outra conta que não fecha são os objetivos antagônicos entre os segmentos que lucram com a indústria da saúde - profissionais e empresas - e os "consumidores" de serviços de saúde, porque é disso que estamos falando no mundo capitalista. Médicos e CNPJs querem lucrar com seus serviços, lucrar. Se fizéssemos medicina preventiva e as pessoas não adoecessem, essa turma ficaria muito estressada, sem "clientes" e com baixos retornos financeiros...
A conta não fecha!
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É isso!
Quem quer discutir o capitalismo e a saúde preventiva num mercado de venda de procedimentos de saúde para enriquecer alguns capitalistas?
William
Post Scriptum: para a leitura de comentários sobre a edição 1291, edição especial sobre o primeiro ano do novo governo Lula, é só clicar aqui.
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