terça-feira, 23 de janeiro de 2024

O fim do sonho americano - Noam Chomsky


Noam Chomsky. Foto: RBA, Mauro Calove.

Refeição Cultural 

Reflexões a partir do documentário "Requiem for the American Dream - Noam Chomsky and the principles of concentracion of wealth & power" (2015)

 

Plutocracia: faz diferença votar em A ou B num país como os EUA?

Ver o intelectual e ativista Noam Chomsky descrevendo os efeitos da financeirização da economia na fase atual do capitalismo e não se indignar e se posicionar contra essa forma de organização da sociedade humana seria uma forma de confissão da perda da essência daquilo que nos faz humanos, seres dotados de inteligência e raciocínio, espírito de cooperação e solidariedade nas relações sociais, características que nos destacaram na natureza durante o processo evolutivo das espécies. 

E mesmo que você não se manifeste expressamente contra ou a favor da situação atual da sociedade humana sob a hegemonia do modo de produção capitalista de bens materiais e imateriais e distribuição desigual dessa riqueza, você já se posicionou, porque essa coisa de se definir como alguém neutro, apolítico, imparcial etc é desculpa de gente egoísta apoiadora da injustiça social que vigora no mundo.

Se você não for um(a) militante pelo fim do capitalismo e a favor de uma sociedade humana baseada na solidariedade e igualdade entre as pessoas e entre as espécies do planeta Terra, em uma convivência sustentável com as diversas formas de vida nos biomas terrestres, você é parte ativa da destruição do único lugar no universo disponível para a vida humana.

Perguntas sem respostas

O que fazer para se inverter a tendência atual destrutiva da vida cotidiana da espécie humana? O que fazer individualmente? O que fazer coletivamente?

Pensei sobre essas questões enquanto ouvia Noam Chomsky falar... não tenho a resposta para as questões acima sobre o que fazer. 

Às vezes, a gente tem algumas noções do que não fazer (na dimensão individual da questão), mas o que fazer é mais complexo num sentido de ter capacidade política e econômica para alterar a tendência das coisas no mundo.

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Os dez princípios dos donos do mundo concentradores de riqueza e poder

1. Reduzir a democracia

2. Moldar a ideologia

3. Redesenhar a economia

4. Deslocar o fardo de sustentar a sociedade para os pobres e classe média

5. Atacar a solidariedade

6. Controlar os reguladores

7. Controlar as eleições

8. Manter a ralé na linha

9. Fabricar consensos e criar consumidores

10. Marginalizar a população


Comentário

O linguista, filósofo e cientista político Noam Chomsky descreve numa série de entrevistas como a sociedade americana se transformou numa plutocracia, destruindo a essência dos pilares democráticos que os EUA diziam representar nas democracias liberais.

Os Estados Unidos da América é o país do governo dos ricos (os plutos). Eu tenho comigo desde muito novo que todo animal humano rico ficou rico por algum processo ilegal ou injusto, ele enriqueceu às custas do empobrecimento de uma enorme quantidade de pessoas e ou às custas da destruição da natureza, um bem coletivo. 

Para mim, isso é injustiça e corrupção.

Não, você que me lê não é um pluto! Não é! Pare de se achar "rico" porque tem uma remuneração certa por mês, algum dinheiro aplicado ou porque tem um ou dois imóveis e carros na garagem. Você não é um pluto. Deixe de ser manipulado pelos ideólogos dos plutos. Você e eu somos demo, somos uns manés. A cracia não é exercida por nós, os demos, ela é absolutamente dominada pelos plutos.

Já ouviu falar no 1% x 99%. Nós somos os 99%. No Brasil, temos os nossos plutos. Uns deles, por exemplo, roubaram uma das maiores redes de lojas populares manipulando os balanços contábeis, causando o desemprego de milhares de pessoas e continuam desfilando por aí como os bam bam bam endinheirados da casa-grande brasileira. "Gente de bem" (bens) dizem por aí.

Nós não somos os plutos, nós somos a ralé que Chomsky e Jessé Souza falam, os médios. E estou falando dos endinheirados no gênero masculino porque esse universo é praticamente de homens brancos.

O documentário é excelente. Eu assisti pelo YouTube. A indicação foi de uma companheira de lutas, Carmen, de nosso diretório zonal do Partido dos Trabalhadores do Butantã. Vale a pena ver.

William


Fontes:

Documentário no YouTube

Artigo de Carlos Eduardo no site O Cafezinho


Post Scriptum: parei de colocar os links que não sejam do próprio blog porque essas referências são um faz-de-conta, uma ficção. Você cita um link e depois ele vira error e não existe mais... são as tais nuvens que as pessoas acreditam guardar o conhecimento em mídias digitais)


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