Refeição Cultural
Crônicas de Francisco Alexandre
A leitura das crônicas do companheiro e amigo Francisco Alexandre foi uma atividade cultural bastante agradável.
Conheço Alexandre há décadas, fomos funcionários do Banco do Brasil e militamos juntos no movimento sindical brasileiro.
A leitura dos textos era como se eu estivesse vendo o Alexandre em uma de nossas reuniões políticas fazendo a defesa de suas posições sempre firmes e com bases sólidas.
Os textos foram publicados em sua cidade natal, Bom Conselho, e alguns em Maceió. Estão dispostos em ordem cronológica e abrangem a vida política do país, de sua região e da cidade entre os anos de 1991 e 2018.
Cito como exemplo de texto excelente e reflexivo o artigo sobre "Pena de Morte", de 20/07/91. Esse tema foi um dos que mudei de opinião ao ser politizado pelo movimento sindical cutista.
Antes, seguia o senso comum de uma parcela importante da sociedade que defendia a ideia ilusória e mentirosa de "justiça", de que se deveria adotar a partir do Estado a pena capital no país, abolida em 1855, segundo Alexandre no artigo.
Os artigos reunidos em livro nos contam a história do Brasil e da cidade de Bom Conselho (PE). Ao ler cada texto, fui me lembrando daqueles episódios da vida brasileira, do governo Collor (1990/1992), do plebiscito sobrr presidencialismo ou parlamentarimo (1993), até da greve dos caminhoneiros em 2018.
Eu já havia lido outro livro de Alexandre, quando virei dirigente sindical bancário em 2002. Nosso amigo é um estudioso e sua obra "Fim da segurança do emprego no Banco de Brasil", descrevendo a reestruturação produtiva do governo FHC (1995/2002), foi fundamental para mim à época. Tive dados do processo de redução de 50 mil funcionários do banco para meu trabalho em defesa dos colegas.
Aliás, Alexandre foi um dos companheiros que me auxiliou durante o processo de lawfare que sofri durante um mandato de representação em nossa autogestão em saúde. As acusações mentirosas foram arquivadas por falta de provas e sou grato a todos que contribuíram para encerrar aquela tentativa de assassinato político contra mim.
Enfim, estive ontem com Alexandre em uma reunião nacional e foi prazeroso vê-lo inscrito e defendendo suas posições como fez em cada crônica do livro.
Sigamos lendo, estudando e aprendendo, afinal de contas somos seres incompletos como nos ensina o educador Paulo Freire.
William Mendes
12/11/25


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