Refeição Cultural
Acabei a leitura do livro de Khaled Hosseini - A cidade do sol, de 2007. Não há como não se emocionar.
Havia prometido em casa que leria o já famoso O caçador de pipas, dele também. Mas acabou parando em minhas mãos o segundo livro do autor.
Estava passando cinco dias na casa de meus pais em Minas Gerais. Durante minhas leituras, percebi que seria impossível ter concentração suficiente para seguir com o livro de Saramago - Todos os nomes -, pois é uma leitura que exige maior reflexão (Creio que todas as leituras têm níveis diferentes de exigência do leitor).
Já o livro de Hosseini consegui lê-lo em meio à gente e tumulto com a maior facilidade.
O livro trata basicamente do que é ser mulher no Afeganistão. Evidentemente, trata também das mazelas e desgraças geradas pelas sucessivas guerras sofridas pelo povo afegane, sejam elas internas, sejam elas de invasão estrangeira.
Vale a pena a leitura, pois é preciso que saibamos o que ocorre neste nosso vasto mundo para sabermos evitar e ou corrigir as nossas próprias mazelas sociais.
É como eu dizia em nossas sessões de prosa em família lá em Uberlândia: tudo na vida é uma questão de política e religião. TUDO!
É uma tremenda bobagem dizer que não se discute política e religião. Se discute, sim!
É UMA QUESTÃO DE TOLERÂNCIA. E, COM TOLERÂNCIA, SE DISCUTE TUDO
Política e religião movem o mundo desde sempre. Não discuti-las é se alienar; se alienar é se deixar levar pela desinformação e pela ignorância. É ser convencido pelo mito, sem antes refletir e digerir o fato. Sem ao menos saber se há explicação para tal.
Cara! Como alguma sociedade pode admitir qualquer tipo de violência ou ditadura? Como explicar a tolerância à injustiça? Como aceitar a intolerância em nome de algum deus ou "ser superior"?
A intolerância existe de forma latente em cada um de nós, mamíferos onívoros - vulgo seres humanos. É preciso identificá-la; controlá-la e, já que impossível extirpá-la de nossa natureza, vigiá-la todos os dias de nossa existência.
A TOLERÂNCIA É UM EXERCÍCIO DIÁRIO, COTIDIANO
A cidade do sol é uma leitura que vale a pena, pois exercita a esperança e, acima de tudo, nos mostra o que ocorre todos os dias e em todos os lugares - as guerras e as intolerâncias.
William
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