Apesar de meu parco tempo para o ócio e a refeição cultural neste ano decisivo para o povo brasileiro, peguei por instantes (na estante) o livro do mestre Antonio Candido que analisa a literatura e suas relações com as sociedades.
Os estudos do mestre são antigos e datam de décadas atrás - antes de 1965 - e "procuram focalizar vários níveis da correlação entre literatura e sociedade".
CRÍTICA E SOCIOLOGIA
Já no primeiro texto que li aprendi conceitos claros sobre a diferença que existe entre fazer uma leitura crítica de uma obra e fazer uma leitura sociológica da mesma.
Antonio Candido nos ensina que nenhum dos extremos que existem na crítica literária são satisfatórios. Não é o ideal adotar a tese de que toda obra está condicionada ao seu meio e contexto externo, bem como também não é satisfatório dizer o inverso, que toda obra deve ser analisada sem qualquer consideração ao contexto externo e tempo histórico e considerando somente sua estrutura e economia interna.
"Hoje sabemos que a integridade da obra não permite adotar nenhuma dessas visões dissociadas; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretação dialeticamente íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que explicava pelos fatores externos, quanto o outro, norteado pela convicção de que a estrutura é virtualmente independente, se combinam como momentos necessários do processo interpretativo."
Conceitos esclarecedores:
Sociologia da literatura: "É uma disciplina de cunho científico, sem a orientação estética necessariamente assumida pela crítica".
Critica melhorou visão interpretativa: "E nós verificamos que o que a crítica moderna superou não foi a orientação sociológica, sempre possível e legítima, mas o sociologismo crítico, a tendência devoradora de tudo explicar por meio dos fatores sociais".
O autor nos explica que "o perigo, tanto na sociologia quanto na crítica, está em que o pendor pela análise oblitere a verdade básica, isto é, que a precedência lógica e empírica pertence ao todo, embora apreendido por uma referência constante à função das partes".
Bibliografia:
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. In: Grandes nomes do pensamento brasileiro. Publifolha, 2000.
Os estudos do mestre são antigos e datam de décadas atrás - antes de 1965 - e "procuram focalizar vários níveis da correlação entre literatura e sociedade".
CRÍTICA E SOCIOLOGIA
Já no primeiro texto que li aprendi conceitos claros sobre a diferença que existe entre fazer uma leitura crítica de uma obra e fazer uma leitura sociológica da mesma.
Antonio Candido nos ensina que nenhum dos extremos que existem na crítica literária são satisfatórios. Não é o ideal adotar a tese de que toda obra está condicionada ao seu meio e contexto externo, bem como também não é satisfatório dizer o inverso, que toda obra deve ser analisada sem qualquer consideração ao contexto externo e tempo histórico e considerando somente sua estrutura e economia interna.
"Hoje sabemos que a integridade da obra não permite adotar nenhuma dessas visões dissociadas; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretação dialeticamente íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que explicava pelos fatores externos, quanto o outro, norteado pela convicção de que a estrutura é virtualmente independente, se combinam como momentos necessários do processo interpretativo."
Conceitos esclarecedores:
Sociologia da literatura: "É uma disciplina de cunho científico, sem a orientação estética necessariamente assumida pela crítica".
Critica melhorou visão interpretativa: "E nós verificamos que o que a crítica moderna superou não foi a orientação sociológica, sempre possível e legítima, mas o sociologismo crítico, a tendência devoradora de tudo explicar por meio dos fatores sociais".
O autor nos explica que "o perigo, tanto na sociologia quanto na crítica, está em que o pendor pela análise oblitere a verdade básica, isto é, que a precedência lógica e empírica pertence ao todo, embora apreendido por uma referência constante à função das partes".
Bibliografia:
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. In: Grandes nomes do pensamento brasileiro. Publifolha, 2000.
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