(atualizado em 11/04/10)
Cheguei a casa nesta sexta-feira, cansadaço da semana de trabalho e acabei colocando o filme de Spielberg sobre um evento real da 2a GM - o desembarque na Normandia, em 6 de junho de 1944 - e sobre um evento ficcional - o resgate de um soldado americano, cujos três irmãos haviam morrido no mesmo conflito.
Cheguei a casa nesta sexta-feira, cansadaço da semana de trabalho e acabei colocando o filme de Spielberg sobre um evento real da 2a GM - o desembarque na Normandia, em 6 de junho de 1944 - e sobre um evento ficcional - o resgate de um soldado americano, cujos três irmãos haviam morrido no mesmo conflito.
A opção pelo filme foi meio circunstancial, pois meu filho o assistiu com os amigos para fazer um trabalho de escola. Como eu não via o filme há muito tempo, resolvi dar uma olhada.
Aliás, dar uma olhada é modo de dizer porque na verdade são quase três horas de sofrimento na cadeira, pois além do martírio dos 2o minutos iniciais - o banho de sangue na tela reproduzindo o desembarque na praia dos soldados americanos sob fogo cruzado dos alemães - o restante do filme segue com a tensão do cotidiano da guerra, de não saber sobre o minuto seguinte.
Destaco a excelente interpretação do ator Tom Hanks. É impressionante como grandes filmes que marcaram uma geração - a minha - têm a interpretação desse ator, filmes como Forrest Gump e O Náufrago.
Após o filme, li um pouco sobre a 2a GM. Foram 20 páginas de uma velha apostila do Anglo sobre o conflito.
REFLEXÃO
Terminado o filme, fiquei pensando sobre a guerra e sobre nós, humanos de ontem e de sempre.
Não tenho uma visão otimista dos humanos quando olho as crianças e a juventude ao meu redor. Eu os acho deprimentes e vazios. Não existem mais valores como respeito ao próximo, ética, caráter, solidariedade e noção de justiça coletiva. Não existe!
O que fazer? Penso que devemos insistir na educação, mas primeiro deveríamos educar os adultos para então ser possível somar a educação em casa com a educação na escola.
Como os adultos estão deseducando seus filhos, dizendo que eles mandam no mundo e mandam nas pessoas que prestam serviços pagos por seus pais - educação, saúde, limpeza, transporte etc - não tem sido possível conjugar a liberdade que as gerações anteriores pensaram e conquistaram com a ideia de ética e de valores humanos como caráter, solidariedade e senso do respeito ao coletivo e ao próximo, que são tão necessários nas liberdades democráticas.
Pensar um mundo mais justo e igualitário, com menos guerras e intolerâncias, que conjugue democracia e liberdade, passa necessariamente por mudar os adultos que estão criando seres egoístas, egocêntricos e individualistas que não conseguem perceber sequer que todos vivem no mesmo espaço-mundo e que dependem uns dos outros para tudo, desde o pãozinho que comem até o ar que respiram.
Estamos atentos a isso? O que eu e você estamos fazendo neste momento, neste dia, em relação a isso?
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