Foto de William Mendes: Plaza de Toros, Madrid, set/09.
Mariátegui, Fidel e Che, Minority Report e caminhada
(Atualizado em 14/6/10)
Pelo menos, não posso reclamar que não li nada hoje, pois li 54 páginas do livro sobre a vida e obra de Mariátegui e li um capítulo do livro sobre Che e Fidel –mais 28 páginas-, livro que ganhei de meus amigos da segunda turma do curso de formação de dirigentes sindicais bancários, curso finalizado na última semana.
Caminhei umas duas horas hoje na "hora" do almoço – almoço dos outros, ou seja, entre uma e três da tarde – e pensei sobre muitas coisas. Pensei sobre o que fazer de minha vida para deixar de ser tão infeliz pessoalmente. Pensei sobre o rumo que dei na minha existência pessoal, estudantil e profissional. Pensei sobre alguma perspectiva futura palatável à minha existência pesada.
Lendo biografias como a desses revolucionários e intelectuais de esquerda que citei acima, vejo o quanto a minha caminhada foi totalmente distinta da deles. Estou com mais de quarenta anos e só estou na militância mais organizada há dez. Tenho buscado conhecer melhor o que somos e de onde viemos, para poder seguir os princípios, premissas e práticas daqueles da geração que me antecedeu.
Mas, ao mesmo tempo que estou nisso – a militância-, vejo o quanto a minha vida pessoal continuou caótica. Sim, porque seria mentira se eu dissesse que foram o movimento e a militância que tornaram a minha vida caótica. Ela sempre o foi, em todos os sentidos – pessoal, estudantil e profissional.
Lendo o livro que ganhei de amigos e que fala da amizade de Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, acabo percebendo que eu estou no caminho certo em querer prestar mais atenção a minhas amizades, pois eu não cuido e nunca cuidei de preservar as boas amizades que tenho.
Porém, esse cultivo da amizade que quero fazer me traz problemas domésticos, pois em casa sempre pensam que todos os relacionamentos humanos são movidos a paixões e desejos carnais – problemas acarretados pelo mal-estar do ciúmes. Que coisa triste e inconveniente o ciúmes, mas bastante real em minha vida atual.
Sobre o ato de ler em si mesmo, eu sugiro aos raros leitores de minhas reflexões que LEIAM COMO ATO COTIDIANO E COM ATENÇÃO REFLEXIVA. Acredito piamente que a leitura pode mudar a vida das pessoas, e além de tudo, a leitura pode mudar o mundo. Só a educação para a libertação da mente pode CRIAR GERAÇÕES QUE TRANSIJAM PARA UMA SOCIEDADE SOCIALISTA, MAIS JUSTA, DEMOCRÁTICA E IGUALITÁRIA COM O RESPEITO ÀS DIFERENÇAS.
Não será a educação atual, pública e privada, ocidental e oriental, domesticadora e adestradora que se tem por aí, que mudará a tragédia global de miséria humana e falta de solidariedade e distribuição da grande riqueza material produzida por muitos e retida por poucos, tragédia global que impera no planeta.
Sobre o filme Minority Report – a nova lei, tenho a dizer que acho bem interessantes esses filmes que pensam o futuro, mesmo quando viajam muito na maionese. Algumas coisas já são realidade como, por exemplo, a leitura da retina como identificação das pessoas. Fico pensando em uma das obras futuristas que mais admiro: Admirável mundo novo, de Aldoux Huxley, de 1931, o livro é demais!
TAGS: AMAUTA, MARIÁTEGUI, FIDEL CASTRO, ERNESTO CHE GUEVARA, BIOGRAFIAS, REFEIÇÃO CULTURAL, ESPORTE E SAÚDE, LEILA ESCORSIM
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