domingo, 24 de outubro de 2010

FLC0383 - Literatura Portuguesa IV - "Mensagem" de F. Pessoa e as intertextualidades

Enésima tentativa de concluir matéria na Usp que devo faz anos em meu curso de Letras.

Leituras: Fernando Pessoa e texto de Maria Alzira Seixo (sobre livro de Mário Cláudio)

Depois de perder 3 aulas seguidas devido à campanha nacional da categoria que represento, a bancária, retomo a tentativa de ser aprovado na matéria em 2010.

Primeiro problema: só li um dos 4 livros analisados neste semestre na matéria, para avaliar neles o foco narrativo em perspectiva com a utopia de base sebastianista presente no livro "Mensagem" de Fernando Pessoa (1934).

Segundo problema: não li sequer o livro de poemas de Fernando Pessoa.

A prova já se dará após as eleições do dia 31 de outubro, ou seja, dia 12 de novembro e não lá pelo fim do mês.

Li hoje a nota introdutória e a nota preliminar do livro "mensagem". Muito interessante.

Também busquei me informar um pouco mais sobre o autor e a obra referencial.


INFORMAÇÕES DA WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre

Mensagem, 1934

Mensagem é o mais célebre dos livros do poeta português Fernando Pessoa, e o único que ele publicou em vida, se descontarmos os livros de poemas em inglês. Composto por 44 poemas, foi chamado pelo poeta de "livro pequeno de poemas". Publicada em 1934, quase um ano antes da morte do autor, a obra trata do glorioso passado de Portugal de forma apológica e tenta encontrar um sentido para a antiga grandeza e a decadência existente na época em que o livro foi escrito.

Glorifica acima de tudo o estilo camoniano e o valor simbólico dos heróis do passado, como os Descobrimentos portugueses. É apontando as virtudes portuguesas que Fernando Pessoa acredita que o país deva se "regenerar", ou seja, tornar-se grande como foi no passado através da valorização cultural da nação.

O poema mais famoso do livro é Mar Português.


Segunda Parte:


Mar Português

POSSESSIO MARIS


I. O Infante

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.

Deus quis que a terra fosse toda uma,

Que o mar unisse, já não separasse.

Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,



E a orla branca foi de ilha em continente,

Clareou, correndo, até ao fim do mundo,

E viu-se a terra inteira, de repente,

Surgir, redonda, do azul profundo.



Quem te sagrou criou-te português.

Do mar e nós em ti nos deu sinal.

Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.

Senhor, falta cumprir-se Portugal!

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