Um anoitecer qualquer no Planalto Central. Janeiro. Foto de William Mendes. |
Reflexões para 2016 (II)
Já é madrugada de quinta-feira 21.
Nesta quarta-feira 20, consegui deixar pronto o boletim dos eleitos da Cassi, já entregue para ser publicado no site da Contraf-CUT. Também fiz as conversas políticas que eram necessárias e as relativas à minha responsabilidade como gestor.
Agora, pretendo dar uma desligada dos afazeres do trabalho, feitos durante as "férias".
Fico olhando para mim mesmo e para os meus entes queridos e fico pensando a respeito da minha relação com eles. Será que estou curtindo verdadeiramente meus pais neste momento de nossas existências? Estou fazendo o possível para transmitir algo que entenda ser fundamental para o meu filho? Estou dedicando o tempo necessário para estar com esposa, filho e meus pais? E quanto a mim, minha psique e minha saúde?
A existência humana é um átimo de tempo, um instante. Num momento, somos. No outro, não estamos, não somos nada.
Uma lição que aprendi logo que cheguei convidado ao movimento social, no caso o movimento sindical, lá no ano de 2002, é que essa coisa de ser militante e dedicar sua vida, às vezes de forma absurda, à causa para a qual está eleito ou destacado, é algo muito duro e difícil de suportar porque não existe gratidão na massa, naqueles grupos ou segmentos que representamos.
A gente nunca deveria esquecer isso. Porque acabamos por exagerar na militância e na doação de todas as nossas energias e saúde e tempo e pode ser que, num instante, você fique pelo caminho e aí só serão os seus de casa mesmo... quando muito um ou outro verdadeiro companheiro ou amigo...
Mas eu tenho uma tremenda cabeça leve a pôr no travesseiro nas noites cotidianas quando o assunto é cumprir meus compromissos com as causas para as quais estou destacado.
Já em relação aos entes queridos, a gente sempre vai ter débitos e a cabeça um pouco mais pesada no travesseiro...
Fui...
William Mendes
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