domingo, 17 de julho de 2016

Diários de leitura - A Hora dos Ruminantes





Refeição Cultural - A Hora dos Ruminantes

Estava passeando com a família em um shopping de Osasco no sábado 16 quando decidimos entrar em uma livraria. Ao namorar os livros nas estantes, acabei me presenteando com um livro do José J. Veiga.

Por muitos anos quis conhecer a obra de Veiga, mas não havia chegado o momento adequado de ler seus livros. Comprei certa vez o seu primeiro livro Os Cavalinhos de Platiplanto (1959) e o deixei guardado em minha coleção de livros a serem lidos algum dia (são centenas).

Em janeiro deste ano de 2016 foi quando decidi ler os 12 contos de seu primeiro livro, Os Cavalinhos... Gostei bastante!

Desta vez, a Fortuna apresentou a mim, em meio a zilhões de livros, o segundo livro de José J. Veiga - A Hora dos Ruminantes (1966). Peguei na hora e fui para o caixa.

Neste domingo 17, minha intenção era acordar cedo para correr. Que nada, depois de ler algumas súmulas da pauta de reunião da próxima terça em meu trabalho até altas horas no sábado, acordei doido pra pegar o livro e começar a ler.

Sentei e comecei a aventura. Parei para o café e continuei. Parei para correr no Parque Continental, e foi duro correr 5k porque estava com o corpo pesado pelos dias de passeio e comilança. Almocei e voltei para dentro da estória d'A Hora dos Ruminantes. Como a gente vive meio cansado, tive um sono bravo depois do almoço, mas cheguei a ler em pé várias páginas. Finalmente, no final da noite, acabava a leitura do segundo livro de José J. Veiga.

Emocionado! Emocionante! Estou me virando para ler algo de prazer neste ano, além de minhas leituras e estudos relativos a meu trabalho. Já li neste ano Saramago, muito Machado de Assis, José J. Veiga, J. D. Salinger, Luis Sepúlveda, estou lendo Balzac, estou lendo Eduardo Galeano.

A estória que li hoje é muito interessante! Me fez pensar muito e fazer analogias com o absurdo dos tempos sombrios que correm na atualidade.

Meu desejo era já fazer a postagem a respeito do livro, com citações e comentários, mas o domingo já acabou e agora tenho que retomar estudos e escritos a respeito de meu trabalho como gestor de entidade de autogestão em saúde.

Mas ler o livro de José J. Veiga, que a Fortuna colocou em minhas mãos neste fim de semana, e ter me desligado por algumas horas para viver todos os acontecimentos passados em Manarairema, foi muito legal, fez com que cada instante valesse a pena.

Seguimos a vida, seguimos as lutas.

William

2 comentários:

Genésio dos Santos disse...

Li quase tudo do Jota Veiga. É um dos meus preferidos, juntamente com Lima Barreto e mais um ou outro contista/romancista/novelista. Entrei em contato com o texto do Jota Veiga (A Máquina Extraviada), em 1976 (Letras/PUC). De lá pra cá, fui lendo, relendo e indicando pra outros leitores/leitoras. Me remetia, e ainda remete, à minha vida no interior, à cidade pequena, à infançolescência. Na década de 90, ele já velhinho, o vi pessoalmente em apresentação na Biblioteca Mário de Andrade, e me autografou um livro. Fisionomicamente lembrou meu pai. Se você ainda não leu, vale a pena tomar contato com Sombra de Reis Barbudos, claro!, dele. Tem em qualquer bom sebo, e bem baratinho. Abraços jotaveiganos.

William Mendes disse...

Grande amigo e companheiro Genésio! Que saudades de você, carinha! Quase não vou a Sampa atualmente, por causa de meu mandato na Cassi.

Genésio, eu cresci em Uberlândia e quando leio textos como o de José J. Veiga, também me sinto no meio de minha "infançolescência". Até tiro de espingarda de chumbo é da minha época, quando a gente ia pegar fruta no pomar dos outros...

Já que consegui ler na ordem o primeiro livro dele e agora o segundo, por pura coincidência, acabei de encomendar pela internet o 3º e 4º livro dele, este último o que você está indicando, Sombras de Reis Barbudos.

Tá difícil tomar uma breja contigo, mas fica aí a saudade de um grande amigo e um fraterno abraço jotaveigano!

William