Refeição Cultural
A leitura dessa obra da escritora mexicana Margo Glantz se dá no contexto de estudos de graduação em Letras da Universidade de São Paulo.
Meu contato com a obra de Glantz se deu através da disciplina "Poéticas de autor en la Literatura Hispanoamericana", com a Professora Adriana Kanzepolsky, que definiu a temática e a autora para estudos durante o semestre.
O primeiro texto que lemos e discutimos em sala de aula foi "Zapatos: andante con variaciones", contido neste livro "Historia de una mujer que caminó por la vida con zapatos de diseñador" (2005).
Uma experiência interessante em relação a essa narrativa foi ouvir a própria autora lendo o texto, pois o áudio está disponível na internet.
Glantz está dentro de um espectro de autores contemporâneos classificados como autores de literaturas não-específicas em relação a gêneros literários mais tradicionais. É possível identificar vários tipos de linguagens discursivas em sua obra.
Ao ouvir pela segunda vez o áudio narrado por ela, percebi um pouco da característica de Glantz de sempre reler e refazer seus textos. A edição que ela leu no áudio tem diferenças e fragmentos inteiros incluídos na narrativa em relação ao texto que tenho em mãos - Editorial Anagrama. Barcelona, edição de 2005.
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Apresentação do livro por parte da Anagrama Editorial, na parte de catálogo das obras:
"Historia de una mujer que caminó por la vida con zapatos de diseñador
Glantz, Margo
Todo acto de escritura es un acto de destrucción, y todo escritor se destruye a sí mismo al cortar paño sobre su propio traje en el acto mismo de la autobiografía. Pero ¿se tratará en verdad de una autobiografía? Nora García, la protagonista de esta Historia, es una mujer que experimenta el mundo a través de su cuerpo, es más, se conecta con él desde la punta de los pies, y si éstos van calzados con zapatos de diseñador, el camino por andar se vuelve menos arduo. El lenguaje es, quizá, otra de las vertientes de esta Historia, una exploración de las palabras que se comportan como un cuerpo femenino degradado. El cuerpo de Nora García es un cuerpo azotado, desecado (la narradora ha experimentado desde su cuerpo el mundo entero) al que se puede doblegar, vaciar, aniquilar, dejarlo listo para una cocina del texto, palabras desplumadas o destripadas como si fueran aves o bestias. La memoria se convierte en una farsa, «cae» en la farsa, en la de fragmentación del cuerpo y de la de la experiencia que posibilita destruir no sólo la historia de Nora García, sino los signos de una existencia previamente delineada, donde sólo los zapatos conectan con la realidad."
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A postagem segue depois com anotações de aulas e ou excertos e destaques de algumas das narrativas do livro.
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A postagem segue depois com anotações de aulas e ou excertos e destaques de algumas das narrativas do livro.
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