sábado, 19 de agosto de 2023

54. Os mortos vivos - Peter Straub (1979)



Refeição Cultural - Cem clássicos 


(leitura em andamento)

Uma das lembranças que tenho da leitura deste livro de suspense e terror é que eu sentia medo ao lê-lo. Me lembro do medo. 

Este leitor que vos fala tinha na época da leitura menos de 17 anos e era uma pessoa de seu tempo e ambiente social (anos 80), tinha crença religiosa.

Ainda morava em Uberlândia e a edição que li foi a de meu primo Jorge Luiz, que me emprestava livros de ficção e romances. Era uma edição com capa dura do Círculo do Livro, se não me falha a memória.

Décadas depois, quis ter o livro em casa. Comprei pela internet a edição malconservada que tenho. Quase joguei ela fora quando a recebi. Acabei colocando ela num canto.

Semanas atrás, acabei pegando o velho livro e comecei a ler lentamente a estória, antes de dormir, na maioria das vezes. Já li 200 páginas e agora não paro mais, vou até o fim da ficção de Peter Straub.

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OS MORTOS VIVOS

A impressão que tive até agora, ao ler 2/5 da obra, é que o enredo se desenvolve muito lentamente, ao estilo dos antigos romances. Foram duzentas páginas lidas e me parece que os acontecimentos principais talvez só irão acontecer lá no final, daqui mais duzentas e tantas páginas.

Na cena inicial do prólogo - "Seguindo para o sul" -, um personagem está com uma criança no carro. Tudo indica que ele sequestrou a criança, uma garota. O leitor já viu a criança ser amarrada por Donald Wanderley. Ele até chegou próximo a ela com uma faca, enquanto ela dormia. É assim que temos o contato inicial com a estória. A cena final do prólogo é um diálogo estranho entre a garota e o sequestrador. O leitor vai agora voltar ao começo da estória... o começo foi in media res, como se diz na literatura, no meio da ação.

O prólogo se estendeu por trinta páginas. Agora o leitor chega à Parte Um - "Depois da festa de Jaffrey". Os eventos se passam numa cidade ficcional chamada Milburn. Conhecemos a Sociedade Chowder, cujos componentes são 4 homens idosos - Frederick Hawtorne (Ricky), Sears James, John Jaffrey e Lewis Benedikt - um quinto membro morreu um ano antes de forma estranha - Edward Wanderley -, durante uma festa na casa de Jaffrey.

A Parte Dois se chama "A vingança do Dr. Rabbitfoot". Um dos 4 amigos - o Dr. John Jaffrey - acaba por morrer de forma estranha também. Chega à cidade Donald Wanderley, sobrinho do 5º membro da Sociedade Chowder - Edward Wanderley -, falecido um ano antes numa festa na casa de Jaffrey. Donald chegou à cidade à convite do grupo.

É neste momento da estória em que estou. Minha curiosidade ao reler este livro é tentar voltar no tempo e imaginar como eu era, aquele leitor adolescente que leu o livro em meados dos anos oitenta.

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Me lembrei dos dois livros de terror que reli recentemente do norte-americano Jay Anson: Horror em Amityville, de 1977, baseado num caso real de evento sobrenatural (ler comentário aqui) e 666 O limiar do inferno, de 1981 (comentário aqui). Este último teve um enredo parecido com o do livro de Peter Straub, dezenas de páginas preparativas para um desfecho final.

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Por enquanto é isso. Volto à postagem para comentar o restante da leitura de Os mortos vivos, de Peter Straub.

(leitura em andamento)

Terminei a leitura do livro em novembro de 2023. Ler comentário final aqui.

William


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