Refeição Cultural
Ontem, reli o capítulo 38 de meu livro de memórias sindicais, "Evocações". No texto está a essência de minha história e formação política.
Aquelas lembranças foram inspiradas nas memórias de Aleida March, companheira de Ernesto Che Guevara. O livro dela me escolheu numa rua de Havana.
Nosso grupo de brasileiros estava andando por Havana Velha com o senhor Luis Caballero quando olhei o livro numa portinha de livros usados. Aquela foto de Aleida e Che me encantou.
No capítulo 38 de "Memórias de um trabalhador politizado pelos bancários da CUT" vou buscando as lembranças assim como fez Aleida depois de décadas de silêncio. O passado sendo tratado com ternura.
A vida humana é definida diariamente, independentemente dos planejamentos que as pessoas fazem em seus sonhos e utopias. Olho para trás e vejo isso claramente. E tudo bem!
As veredas, as veredas da vida. Veredas que definem caminhos, caminhos que determinam a vida vivida. E tudo bem se não rolou o que você queria. Se a vida foi vivida com uma ética humanista, valeu a pena.
As veredas são oportunidades incríveis... quando vi era dirigente sindical. Quando percebi estava mudando o mundo junto com meus companheiros e companheiras, o meu e o nosso mundo do trabalho à época.
Quando vi, Aleida e Che me encantaram numa rua de Cuba. Do nada, me senta no assento ao lado no ano seguinte, num voo de volta a Cuba, a queridíssima Conceição Evaristo, e passamos horas conversando até Havana.
Falei a ela de Aleida March, disse que lhe daria o livro de presente. Achei agora a versão em português e quero entregar à nossa querida escritora das escrevivências as lembranças de Aleida March. E, modestamente, lhe presentear também com as memórias do bancário.
O capítulo 38 traz lembranças de um fazer sindical com uma ética toda aprendida com lideranças sindicais de grande valor, que me inspiraram e me fizeram ser a pessoa que fui, e que sou.
Espero entregar a Conceição Evaristo as evocações de Aleida March. Espero que minhas evocações testemunhem o efeito revolucionário da formação política e sindical, lições de vida que me trouxeram até aqui.
William
25/11/25


Que indo! Uma joia rara, esse seu relato, William, tem aí uma ternura que abraça a memória, delicadeza que só quem vive profundamente consegue escrever, ler suas veredas faz sentir que sua vida vale muito a pena.
ResponderExcluirQue lindo! Uma joia rara, esse seu relato, William, tem aí uma ternura que abraça a memória, delicadeza que só quem vive profundamente consegue escrever, ler suas veredas faz sentir que sua vida vale muito a pena.
ResponderExcluirObrigado, companheira Cleusa! Você e sua equipe foram importantes para ter em mãos a edição de minhas memórias. Abraços!
ExcluirÉ prazeroso demais ler um texto que explicita alegria e esperança. Você é importante demais para o mundo, Willian!
ResponderExcluirQuerido amigo Sérgio, demorei a entender o humanismo que o movimento sindical me ensinou. Somos todos únicos e importantes para o mundo e para as pessoas de nossas relações. Você e eu traremos novas histórias de nossa viagem de conhecimentos! Abração!
ExcluirQue lindo! E que privilégio viajar para Cuba ao lago da Conceição Evaristo no avião!
ResponderExcluirÉ verdade! Foi uma experiência incrível!!! Que grande mulher!!!
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