terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Hoje morreu o nosso Tuckinho

(02.01.12) Chegamos hoje à tarde em casa e nosso esquilinho da mongólia estava morto. Por mais que já esperássemos que nosso Tuckinho morresse a qualquer momento, encontrá-lo morto em sua gaiolinha foi muito triste. Muito triste mesmo! A vida é sempre cheia de momentos opostos: alegria e tristeza, perdas e ganhos.


Em 2009, com uns 6 meses. Ele adorava roer papelão.

Meu filho ganhou seu gerbil em 2008, no dia das crianças. Batizou o bichinho com o nome de Bidoof, em referência a um programa infantil - Pokemón - com vários personagens. Mas sempre o chamamos de Tuck.

Bidoof em 2009 com um ano, após um cafuné do Guto.

O esquilinho esteve conosco por mais de três anos. Meu filho foi de criança a adolescente enquanto o esquilinho chegava a sua expectativa de vida.

Foi importante para meu filho ter um bichinho de estimação nessa fase de sua vida, pois ele sempre quis um cachorro e não foi possível por morarmos em um apartamento - apto. muito pequeno, por sinal. O esquilinho da Mongólia supriu esse desejo infantil de se ter um animalzinho em casa.

Com 2 anos. Ele preferia coçar e desgastar seus dentes aí.

A morte do Tuckinho me doeu muito também. Em outubro passado, morreu a nossa hamster anã russa - Titch -, e agora morre o Tuck.

Durante dois anos, meu hábito sempre foi chegar em casa e, já da porta, chamá-los e pegá-los na mão. A Titch, doidinha para ser pega na mão e ganhar sementes de girassol ou outra guloseima. O Tuckinho me via como um pão ambulante, pois ele vinha na minha mão comer casquinhas de pão. Era só chamá-lo ou ele me ver passando perto da gaiola que já levantava a cabeça e ficava me esperando.

Olha nosso xodozinho comendo pãozinho em 2010.

Nos últimos meses, o esquilinho deu uma espécie de tumor na barriguinha e a feridinha foi piorando nas últimas semanas. Ele já estava com a idade acima da expectativa média de vida dos esquilinhos da Mongólia. Fizemos o que entendemos ser possível: gaiola sempre limpinha, proteções para ele não cair do andar de cima, carinho e cafuné sempre que possível. O bichinho se desmanchava em prazer quando recebia cafuné na cabeça e no pescocinho.

Nosso velhinho tomando água. Está com 3 anos na foto.

Após enterrá-lo ao lado da Titch, saí para correr e espairecer a cabeça. Fiquei pensando sobre as últimas vezes em que sua ferida sangrou e ele não morreu. A gente sempre estava ao lado para um cafuné, para por uma comidinha na boca dele e para animá-lo. Nas últimas duas vezes - véspera do natal e antes de eu ir para a praia - achamos que ele morreria, mas ele resistiu. Em segundos, já recebia um cafuné para acalmar e umas guloseimas nas patinhas para mastigar.

Eu não quis ficar a semana toda na praia com a família porque tinha que trabalhar; porque precisei acompanhar meu pai ao médico; e porque não queria deixar o Tuckinho sozinho muitos dias.

Final de 2011, nosso velho Tuckinho brinca com papel.

DILEMA
Eu só o deixei sozinho por três dias porque também não seria justo, depois de um ano todo ausente em casa com minhas viagens de trabalho, não estar ao menos três dias com a família na colônia de férias em que eles estiveram por uma semana.

Dormindo todo relaxado em minha mão, algumas semanas atrás.

Mas bateu uma tristeza muito grande quando refletia sobre a morte do bichinho. Apesar de um vizinho amigo cuidar dele nesses três dias, ele ficou sozinho em casa. Ficou sem o pãozinho. Ficou sem os chamamentos constantes e ficou sem os cafunés que ele adorava. Morreu sozinho em casa à tarde, pouco antes de chegarmos.

Por um lado, me parece que alongamos a vida dele nas últimas semanas com o carinho necessário e revigorante a um bichinho idoso e no fim da vida. Mas, por outro, me parece também que ele não resistiu à falta desse carinho por três dias seguidos.

A vida é assim. Hoje morreu o nosso Tuckinho.

Tristeza!

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