domingo, 29 de janeiro de 2012

QUANDO PARTIMOS - DIE FREMDE

Poster de divulgação do filme alemão.
QUANDO PARTIMOS – DIE FREMDE
Filme de 2010, dirigido por Feo Aladag

Assisti ontem a este filme de co-produção da Alemanha e Turquia. É um filme duríssimo. É desses que nos dão um soco no estômago.
A história trata principalmente da questão da mulher e das dificuldades inerentes em ser mulher nas sociedades com culturas muito rígidas e tradicionais no que diz respeito aos direitos da mulher.
Não pretendo fazer críticas às sociedades orientais sobre direitos de gênero, raça, orientação sexual etc, pois só acho que vale a pena ir fundo nestes temas se tiver com disposição de descer a lenha também nas sociedades ocidentais capitalistas, pois toda crítica que cabe ao oriente, cabe também ao ocidente.
Quero somente sugerir em poucos parágrafos que vale a pena ver o filme e refletir a respeito, vinculando a história com as nossas histórias e entorno social.

AS HISTÓRIAS DE VIDA SÃO AS HISTÓRIAS DA VIDA HUMANA
Todo sofrimento passado por Umay (Sibel Kekilli), a protagonista da história, tanto é único para a jovem mulher e mãe Umay, quanto é também para as protagonistas de tantas outras histórias que lidam com o preconceito e a discriminação em relação às mulheres e aos diferentes da maioria.
Da mesma forma, todo drama vivido por Umay e seu lindo filho Cem (Nizan Schiller) é um fragmento dos milhões de dramas que compõem a vida humana de leste a oeste, de norte a sul no planeta Terra. Não consigo deixar de dizer que o mundo é um lugar hostil!
A história de nossa humanidade é toda feita de abusos aos diferentes, de não-respeito às pessoas, tanto por parte dos Estados de forma institucional, quanto por parte dos indivíduos e dos grupos e famílias, naquilo que chamamos de cultura local ou regional.
Quantas vidas sofrem diariamente o preconceito, os maus tratos, e a indiferença por que passaram Umay (e seu filhinho) simplesmente por não agüentarem mais sofrer, apanhar, ser humilhado, não poder ser feliz (ou tentar)?
Além de recomendar este belo filme, também sugiro outras histórias semelhantes que nos põem a pensar que o mundo precisa melhorar muito no que concerne à tolerância, à inclusão social, ao respeito à liberdade e à democracia.
O livro “A cidade do sol” de Khaled Hosseini, aborda também as agruras e sofrimentos de mulheres afegãs.
Para não ficar só nos problemas orientais, é bom que as pessoas vejam que maravilha é a democracia americana, terra da “liberdade” e do “respeito aos diferentes”.
O filme “Preciosa” é um soco no estômago também, é um belo exemplo de como os americanos tratam uma mulher da forma mais intolerante possível (como se gosta de acusar ao Irã, ao Islamismo etc).
Também é uma boa pedida de filme sobre preconceito e intolerância o filme “Milk” sobre a questão da orientação sexual e os direitos civis.
E para finalizar, que tal ver o quanto os judeus são bonzinhos com os árabes e assistir ao filme “Lemon tree”?

UM OUTRO MUNDO É NECESSÁRIO! UM MUNDO SOCIALISTA, DEMOCRÁTICO, LIBERTÁRIO E SUSTENTÁVEL, CUJO FOCO NÃO SEJA O CAPITAL DE UNS POUCOS, MAS AS VIDAS HUMANAS E A EXISTÊNCIA NO PLANETA TERRA.

OU NÃO É DE NOSSA CONTA O DESPEJO DAS FAMÍLIAS DO PINHEIRINHO EM S. J. DOS CAMPOS EM FAVOR DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E DE CAPITALISTAS BANDIDOS?

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