segunda-feira, 1 de maio de 2017
Diário e Reflexões - 010517 - Trabalhadores, uni-vos!
Acordei neste 1º de maio com desejo e necessidade de estar junto aos meus pares da classe trabalhadora. Sou bancário, sou trabalhador assim como meus pais e familiares, não temos propriedades, empresas e aplicações ou rendas que nos façam cair no engodo de que não pertenceríamos à classe trabalhadora. Vivemos da nossa força de trabalho. No sistema de exploração capitalista em vigor, vendemos nossas horas de trabalho por salário. Sem salário, sem aposentadoria, e sem direitos sociais, morremos de fome e doenças advindas da miséria e falta de direitos básicos da vida humana.
Estou completando neste mês de maio três anos de estadia em Brasília, cumprindo um mandato eletivo em uma entidade de saúde dos trabalhadores. A minha vida e a de minha família teve uma reviravolta imensa por causa disso, mas faz parte das nossas trajetórias de luta. Peguei minha bike após o café da manhã e fui ao ato organizado pela CUT DF. Me fez um bem danado cumprimentar algumas pessoas e ouvir lideranças como a deputada Erika Kokay e a senadora Gleisi Hoffmann, ambas do Partido dos Trabalhadores, na minha opinião, o Partido que efetivamente mudou para melhor a vida da classe trabalhadora brasileira ao longo de sua história de existência desde 1980.
Neste feriado, li, refleti, escrevi, vi filmes e séries, pensei muito na nossa vida humana, nos sentidos das coisas e naquilo que temos que fazer, que enfrentar e perseguir enquanto vivo estamos. Ao ler o livro-desabafo de Miruna Genoino - Felicidade fechada - fiquei muito tocado (ler comentário AQUI). Mexeu comigo mais que o comum.
Fiquei pensando o quanto preciso ser forte para enfrentar minhas dificuldades na tarefa revolucionária que me designaram ao defender direitos em saúde dos associados e a própria entidade (Caixa de Assistência) enfrentando às vezes propostas que divirjo e a burocracia do Banco (o patrão). Quando penso nos pequenos assédios diários e micos que temos que engolir em nome de um bem maior e coletivo em todos os lugares por onde passamos como dirigente eleito, comparado com o que outras lideranças dos trabalhadores enfrentam ou já enfrentaram na nossa história da luta de classes, devo triplicar minha energia e minha gana e minha resiliência porque tem lideranças que sofrem mais que a gente.
Eu sei o que sou, o que represento, de onde venho, o que devo enfrentar, e não vou quebrar. Não vou!
William
Post Scriptum:
Estou terminando de assistir à série pesadíssima 13 Reasons Why. Ao ver os episódios 10 e 11 agora no fim da noite, fiquei tão mal que saí para andar e andar e pensei em tanta coisa de minha vida e de meus 48 anos. Já vem ocorrendo isso ao longo de cada episódio da série. Ao mesmo tempo que lembro que tive algum tipo de depressão ao longo de minha vida, talvez por uns vinte anos, afirmo também que foi possível superar as crises daquela época focando em objetivos a realizar, tanto pessoais quanto coletivos. Como diz o poeta maior, Drummond, chegou um tempo em que não adianta morrer, porque a vida é uma ordem, a vida apenas, sem mistificação... eu tenho muito claro isso há mais de quinze anos em que dedico a minha vida às lutas da classe trabalhadora! Vamos lado a lado, de mãos dadas, lembrando de novo o poeta maior. Temos uns golpistas capitalistas desgraçados a derrotar e, junto com eles, os lacaios deles, como os que atuam nos postos-chave dos meios de comunicação do PIG.
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