Tempos de tempestades, na vida e na política. |
Refeição Cultural
Sábado, cidade de Osasco.
Recebi em casa a visita de meu pai, que ficou conosco entre segunda e quarta-feira. Ele conseguiu realizar os compromissos que havia planejado em São Paulo. Para não fechar a viagem com chave de ouro, o idoso de 77 anos passou por um problemão na hora de retornar a sua cidade em Minas Gerais. O que seria um voo de uma hora se transformou em uma novela de 24h para sair de SP e chegar a sua casa. Foi horrível e por pouco meu pai não teve outro AVC ou outro infarto, de tanto estresse que viveu entre atrasos, voos cancelados, insistências para que respeitassem seus direitos etc. Nós cidadãos somos absolutamente impotentes diante das falhas do sistema social em que vivemos. Somos coisas num mundo coisificado pelo capital.
Nesta semana aconteceram discussões políticas nas entidades sindicais que ajudei a construir e fortalecer por décadas. Não pude participar das discussões por causa dos compromissos com meu pai, prioridade evidente sendo eu a única pessoa que poderia cuidar dele durante os três dias. No entanto, caso houvesse interesse em nos ouvir, existem meios tecnológicos para isso. Uma coisa eu aprendi ao longo de nossa história com o movimento de lutas dos trabalhadores: a gente não pode perder a capacidade de se surpreender com as coisas que os seres humanos podem fazer. Eu fiquei bastante surpreso com as informações que recebi a respeito dos debates feitos. Efetivamente, me parece que todas as concepções, princípios e práticas sindicais que aprendi e exerci ao longo de décadas de formação política não existem mais, foram esquecidas ou simplesmente descartadas. Acho que todos nós da classe trabalhadora estamos perdidos e não conseguimos nos encontrar ainda. Perdemos todos com isso. A unidade parece estar cada vez mais distante no campo dos trabalhadores. Uma pena para nós! Uma ótima notícia para os inimigos!
CULTURAS
Falando de coisas boas, acontecimentos culturais. Nesta semana, reli o livro de contos Olhos d'água (2014), da escritora mineira Conceição Evaristo. Muito atual, muito reflexivo. Caso queiram ouvir o comentário que fiz em vídeo, está disponível aqui. Se tiverem interesse em ler os dois comentários que fiz a respeito de livros que li dela, ler aqui.
Em relação ao esporte e saúde, não consegui dedicar a semana aos treinos para a corrida de São Silvestre porque a prioridade foi dedicar o tempo e as energias para o exame de faixa que faremos neste domingo. Treinei quase todos os dias da semana as sequências de movimentos que já aprendemos na arte marcial que estudamos, o Kung Fu.
É isso! Vamos dormir para acordarmos com disposição e memória boa para este domingo.
William
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