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Pensando
o trabalho bancário à luz de Marx
El
Capital
Magnitud del valor, tiempo de trabajo socialmente
necesario
“La sustancia del
valor es el trabajo. La medida de la cantidad de valor es la cantidad de
trabajo…
(…)
La productividad,
pues, del trabajo depende, entre otras cosas, de la habilidad media de los
trabajadores, de la amplitud y eficacia de los medios de producir y de
circunstancias exclusivamente naturales; por ejemplo:
La misma cantidad de trabajo está representada en 8
(ocho) fanegas de trigo, si la estación ha sido favorable, y en 4 (cuatro) en
el caso contrario…” (p.8)
Aqui temos uma citação muito importante para entender
na categoria bancária a questão do sistema de metas e a eterna tentativa dos
bancos de remunerar os trabalhadores por resultado baseado no atingimento de
metas e não por suas jornadas corretas de trabalho – 6 horas diárias.
Essa é a lógica do capital de não pagar pela compra da
força de trabalho por jornadas determinadas (limitadas) por uma legislação e
por conquista oriunda das lutas dos trabalhadores.
CUMPRIR
A JORNADA DE TRABALHO É META REALIZADA
Os bancários de uma agência trabalharam a mesma “jornada”
na tentativa de oferecer produtos financeiros e no atendimento dos clientes e
usuários.
Terem sido realizadas 8 ou 4 operações, ou seja, atender clientes e ou vendas de
produtos naquela “estação” (naquele dia/jornada) é REALIZAÇÃO DE METAS, fruto das horas de trabalho
de todos e não somente daqueles que finalizaram as operações.
“Por regla general, si
la productividad del trabajo aumenta disminuyendo el tiempo necesario para la
producción de un artículo, el valor de este artículo disminuye, y
recíprocamente, si la productividad disminuye, el valor aumenta. Mas cualesquiera que sean las variaciones
de su productividad, el mismo trabajo crea siempre el mismo valor, funcionando
durante igual tiempo, solo que suministra en un tiempo determinado una
cantidad mayor o menor de valores de uso u objetos útiles, según que aumente o
disminuya su productividad…”
Aqui
se fala do aumento da riqueza material, fruto da produtividade do trabalho
humano:
“Aunque gracias a un aumento
de productividad se produzcan en el mismo tiempo dos vestidos (roupas) en vez
de uno, cada vestido seguirá teniendo la misma utilidad que antes de duplicarse
la producción; pero con dos vestidos se
pueden vestir dos hombres en lugar de uno; así, pues, hay aumento de riqueza
material
Sin embargo, el valor
del conjunto de objetos útiles sigue siendo el mismo: dos vestidos hechos en el
mismo tiempo en que antes se ha hecho uno, no valen más de lo que
precedentemente uno solo.” (p.8)
POR QUE ISSO OCORRE?
Porque
a substância do valor de uma mercadoria está na força de trabalho acumulada
nela:
“(...) las mercaderías
revelan solamente que en su producción se ha gastado una fuerza de trabajo. De otro
modo: que en ellas se ha acumulado trabajo…” (p.7)
OU
SEJA,
Quanto
mais clientes e mais contas abertas e mais produtos financeiros forem vendidos
com a mesma quantidade de trabalho, maior será a produtividade e maior a
criação de riqueza (quem se apropria dela?).
A quantidade de trabalho dos bancários na agência é
medida pelas horas de trabalho somada da jornada de cada um deles, independente
de qual deles finalizou a gravação de um produto ou operação qualquer.
“Cualquier
modificación el la productividad que haga más fecundo el trabajo, aumenta la
cantidad de artículos que ese trabajo proporciona, y por lo tanto, la riqueza
material;
Pero no modifica el
valor de esa cantidad, de ese modo aumentado materialmente, si continúa siendo
idéntico el tiempo total de trabajo empleado en su fabricación…” (p.9)
COMENTÁRIO FINAL
É
evidente que aqui não estamos abrangendo todos os outros fatores que existem no
processo bancário como, por exemplo, as tarifas cobradas, os valores dos salários pagos
por cada função dentro da agência, as horas extras não pagas etc.
Na
lógica colocada pelo capital, quando um ou outro bancário dentro da agência não
atinge as metas, o sistema faz com que as pessoas sejam as culpadas, demitindo
ou descomissionando aquelas de "menor produtividade". Pura invenção
do capital, porque a produtividade do sistema só tem aumentado há décadas e não se paga mais
salário aos bancários por isso.
Pelo contrário, após um aumento de folha de pagamento por campanha salarial, os bancos demitem os bancários com salários maiores e contratam com salários inferiores, readequando suas fopags.
Pelo contrário, após um aumento de folha de pagamento por campanha salarial, os bancos demitem os bancários com salários maiores e contratam com salários inferiores, readequando suas fopags.
Para
se pensar seriamente em qualquer discussão de jornada de trabalho bancária é
necessário que o sistema seja outro, enfim, a remuneração do bancário não poderia depender de valores atrelados a cumprimento de metas. Os bancários deveriam receber salários por suas funções e responsabilidades e com jornadas de 6 horas de trabalho de segunda à sexta-feira.
Bibliografia:
MARX, Karl. El
Capital. Editorial ALBA. 1999, Madrid.
2 comentários:
O trabalho bancário não é produtivo.
Olá Joel, como vai?
Essa discussão é bem interessante. Será que todo trabalho que produz algo não-material não é produtivo? Eu discordo desta leitura.
A intermediação financeira, função típica de uma casa bancária, não é produtiva?
As pessoas (físicas e jurídicas) que querem produzir não precisam de buscar Capital para produzir? Onde buscam?
Ou seja, o assunto é bem interessante! Abraços, William
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