Refeição Cultural - Compartilhando conhecimento com as pessoas
Estamos iniciando mais uma semana de trabalho na gestão de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. Estou em Brasília, capital de nosso querido país e cidade que abriga a sede da entidade de saúde que administro junto com outras pessoas indicadas e eleitas.
Sou Diretor de Saúde eleito pelos associados e faz dois anos que desenvolvemos um trabalho intenso de aproximação entre a Cassi e seus participantes através de uma estratégia de atuar visitando as bases sociais que representamos, indo além do trivial jeito burocrático de gerir em gabinetes. Acho isso elementar porque o Banco do Brasil é nacional e a Cassi está em todos os Estados brasileiros, ou seja, as pessoas para as quais trabalhamos estão aí nesse pedaço de mundo continental.
Esta forma de mandato eletivo tem um ônus pessoal de grandes proporções. Poucos talvez entendam isso. Na maior parte dos últimos dois anos de trabalho, estive eu num canto, esposa no outro, filho idem, e poucas visitas aos pais idosos. Meu tempo é todo em função de fazer o melhor possível que uma pessoa possa fazer para contribuir para o fortalecimento da Cassi e a defesa dos direitos de seus associados, que representamos.
Eu dedico horas importantes dentro de cada mês de vida para escrever em dois blogs que criei há vários anos. Mas atenção: essa dedicação não desvia para menos minha carga de trabalho, ao contrário, aumenta, porque escrevo também com amor e dedicação cada postagem para deixar alguma informação que possa ser útil para os leitores que aqui chegam. Enquanto muitos vão para o "happy hour" merecido e correto, eu vou para meu canto ler, escrever informações e opiniões que gostaria de dar para as entidades representativas da comunidade BB e para as pessoas que têm alguma relação com o que somos e fazemos.
O mundo humano atual tem uma organização social que depende dos meios de comunicação, e a disputa de hegemonia passa pelas ferramentas midiáticas e tecnológicas advindas das últimas décadas. Mas poucos donos desses meios comunicativos no mundo capitalista têm feito um estrago gigante nos destinos das sociedades através da manipulação das massas, através da imposição de desejos, hábitos e culturas que dificultam muito a manutenção de ideias e ideais de quem não concorda com a imposição feita pelos barões e corporações das mídias monopolizadas.
Com o advento da rede mundial de computadores, vários cidadãos e grupos de minorias no mundo passaram a criar blogs e sites para tentar quebrar essa barreira monopolizada dos donos centenários do poder midiático. No Brasil, por exemplo, as mesmas famílias detêm as fontes de "informação" e manipulação de massas Globo, Folha, Estadão e Abril. Derrubam e colocam governos e destroem reputações ao bel-prazer. Além deles, quase todas as rádios e jornais locais (centenas) têm como donos o político local e ou o empresário e coronel local. Mais lavagem cerebral aos povos locais.
Eu criei este blog de cultura para escrever sobre literatura, cinema, conhecimento adquirido através das aulas que tive na Universidade de São Paulo (USP), para dizer a leitores invisíveis o que eu penso do mundo e das coisas do mundo. Sempre releio os textos antigos para melhorá-los ao mesmo tempo em que alimento o blog com pensamentos novos.
Também criei o blog de trabalho, o Categoria Bancária, para prestar contas do que fazia, o que pensava e defendia, como dirigente sindical e representante dos colegas bancários que nos elegeram. Hoje, presto contas de nosso mandato eletivo na Cassi naquele blog. Lá, estou há dois anos falando sobre as grandes questões do setor de saúde suplementar, principalmente no que tange às autogestões e à nossa Caixa de Assistência especificamente. Presto contas de tudo que faço e defendo, além de por em linguagem simples o mundo da saúde no dia a dia da Cassi.
Esta postagem acaba sintetizando e explicando o esforço que faço em comunicar e partilhar conhecimento de forma gratuita, que é o principal objetivo dos blogs, e também de fazer uma espécie de almanaque de uma vida, a minha. Eu acredito na educação e na formação das pessoas, e não concordo que partilhar conhecimento humano acumulado tenha que ser através de dinheiro, cobrando ou vendendo para a parte que possa comprar.
Aprendi certa vez em uma palestra do professor Ladislau Dowbor que conhecimento se for partilhado, dobra, ele se multiplica no mundo. Diferente de partilhar um bem material como um relógio de pulso. Esse é só de uma pessoa, ela fica sem ele se der a outro. Mas se cada um de nós partilhar o que conhece, mais pessoas podem saber e partilhar com seus pares. E gerar novos conhecimentos a partir do nosso.
É isso, vamos passar mais essa semana trabalhando muito em prol da Cassi e escrevendo nos meus blogs o que penso, o que quero partilhar de conhecimento com aqueles e aquelas que neles vierem a ler.
Boa semana a tod@s os meus pares da classe trabalhadora.
William Mendes
Diretor de Saúde da Cassi (eleito)
Cidadão que acredita na educação
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