Terminando a segunda-feira, mais uma num certo país latino-americano sob Golpe de Estado.
Decidi parar de trabalhar faz poucos minutos. Entendi que umas doze horas de jornada por hoje bastavam. Não que as tarefas tenham acabado. Não acabam nunca...
Estou sozinho em casa. Não sei quantos dias ficarei sem ver esposa e filho. Minha missão política atual desorganizou minha vida pessoal. E a dos meus entes queridos também. Faz parte de nossas jornadas de lutas nesta vida proletária militante. A gente faz o que tem que ser feito.
Fico pensando na desfaçatez dos desgraçados golpistas que vão a cada semana dizimando o patrimônio público brasileiro, como as doações das reservas do Pré-sal aos estrangeiros.
Enoja ver a cara de pau do governo usurpador em fazer propagandas mentirosas dizendo que é bom para o povo acabar com os direitos trabalhistas e previdenciários do povo, através dos meios de comunicação pró-empresários e articuladores do Golpe, mídia dos capitães hereditários Marinhos, Civitas, Mesquitas, Frias, Saads e lixos afins, que antes era contra o governo petista, agora é favorável ao governo usurpador.
Está marcado para amanhã, terça 21 de março, votação no Congresso Nacional para acabar com os direitos dos trabalhadores e aprovar a volta da escravidão, a tal terceirização total. Já aprovaram tanta merda naquele local, a antiga casa do povo brasileiro, que já não sei se o povo defende que exista aquele antro de representantes de banqueiros, empresários, latifundiários e coronéis seculares.
E na vida humana, na vida em sociedade, é tudo junto misturado tudo ao mesmo tempo. Toda a desgraça lá fora no mundo, no nosso mundo, que nos entristece e aperta o coração, e aumenta o estresse, e gera hormônios e fenômenos que dilaceram os corpos dos humanos que se importam, e nos adoecem... enfim, tudo isso ao redor, não basta! Ainda temos, cada um de nós, os problemas pessoais, que se somam a toda essa desgraceira que estão fazendo com nosso País e conosco, povo trabalhador.
Hoje, estou longe da família, com o coração apertado, com eles, que tanto amo; com meu País, que tanto amo; com a destruição dos direitos do povo trabalhador, que tanto amo.
Tentei ler uns minutos após parar de trabalhar, e não dei conta. Cochilo em minutos.
Corri na noite brasiliense agora há pouco, para diminuir todo aquele treco do estresse e tristeza dentro do corpo da gente, porque quero meu coração, pulmão, órgãos vitais, estrutura corporal, cérebro, funcionando bem para continuar lutando contra essa merda toda que ocorre contra o povo que represento e amo e faço parte.
Estava pensando na violência que vi nos dois episódios da série Vikings, que mostra as barbaridades do mundo nas sociedades violentas do primeiro milênio de nossa era - assisti com meu filho, a convite dele. O que os atuais capitalistas donos das corporações que corrompem o mundo e fodem com tudo querem é a violência, as guerras, é destruição. Amor, compaixão, valores humanistas são coisas antiquadas.
Se estão exterminando o presente e o futuro de nossos trabalhadores e familiares, estão condenando meus pares à morte, talvez lenta. Era melhor o povo se revoltar e começar logo uma guerra civil.
Nada de novo no front... mas ainda estamos vivos e na luta!
William
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