quinta-feira, 18 de maio de 2023

Viagem a Cuba (III)


Havana, vista a partir da Fortaleza
San Carlos de la Cabaña
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Refeição Cultural - Cuba (XIX)

Osasco, 18 de maio de 2023. Quinta-feira.


Terminamos o nosso segundo dia em Havana vendo o pôr do sol a partir da Fortaleza San Carlos de la Cabaña

A cidade de Havana já conta com cinco séculos de existência, ela foi fundada em 1519, e até meados do século XVIII era cercada por uma muralha enorme e com diversos portões.

Parte de muralha preservada
em Havana, Cuba.


Além de apreciar o magnífico pôr do sol em Havana, nós fomos até a fortaleza para assistir ao "Cañonazo de las nueve", uma cerimônia secular que é preservada até hoje no país. Todos os dias, às 9 horas da noite, a cerimônia rememora os tempos nos quais a população era alertada sobre o fechamento dos portões da cidade, sendo abertos somente na madrugada do dia seguinte.

Muralha da fortaleza que
protegeu a cidade por séculos.

Na cerimônia, jovens soldados vestidos com roupas de época executam os ritos cerimoniais, com marchas, tochas e danças para a preparação do tiro de canhão. É belíssimo o espetáculo! Quando chega a hora, o disparo é feito e nos ensurdece. É grandioso o evento! Recomendo vivenciar essa experiência a quem estiver na Ilha ou visitá-la.

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Parque de la Fraternidad, em frente
ao Capitólio de Havana.

Nosso dia começou com um recorrido por Habana Vieja, tendo o senhor Luis como nosso guia, lembrando que nosso suporte em Havana foi a Casa de Isabel, na qual Isabel e Luis nos acolhem com carinho e presteza. 

Sugestão: sai muito mais em conta ficar hospedado nas casas de cidadãos cubanos do que em hotéis. As diárias variam até uns 30 dólares/euros com café da manhã. Em hotéis são várias vezes mais caras as diárias.

Durante a caminhada por Habana Vieja, conhecemos diversas praças, edifícios e monumentos históricos com as explicações do senhor Luis. Vocês não imaginam quanta cultura e história adquirimos nessa caminhada que fizemos. 

Estátua de Eusebio Leal em frente ao
Palacio de los Capitanes Generales,
atual Museu da Cidade.

Ao saber sobre o senhor Eusebio Leal Spengler, o historiador da cidade de Havana, pude compreender melhor os motivos por perceber em Havana a quantidade de imóveis reformados, em reforma ou preservados sem serem demolidos pela especulação imobiliária como ocorre no Brasil. 

Ele foi muito importante no aconselhamento ao governo socialista para o tombamento de milhares de imóveis em Cuba preservando a história de séculos da Ilha. Como faltam recursos materiais ao país por causa do bloqueio e por outras prioridades da cidadania, é muito comum vermos imóveis aguardando reforma.

Pátio interno do Capitólio.

Na parte da tarde, nós fizemos a visita guiada ao Capitólio, que passou por reforma e restauração recentemente. Que construção magnífica! Recomenda-se muito que os visitantes conheçam esse edifício espetacular.

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Informações a turistas: o valor da entrada na fortaleza para ver o espetáculo do Cañonazo é bem barato, são 200 pesos (menos que 2 dólares). O caro no momento (maio/2023) é o transporte para lá porque os taxistas estão cobrando valores abusivos para se andar pequenas distâncias na cidade, a desculpa é a falta de combustíveis. 

Dos poucos lugares onde se pode pagar com tarjeta, o Capitólio é um deles, são 20 dólares (ou euros) a entrada. O ônibus que percorre os pontos turísticos da cidade ao longo do dia também se paga com cartão, são 10 dólares e a pessoa pode subir e descer para ver os pontos turísticos da cidade. 

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Gran Teatro de la Habana
Alicia Alonso.

Cuba preserva sua história

Uma certeza se tem ao visitar a única república socialista de Nuestra América: o foco na educação é notório e também a importância da cultura e da história das lutas do povo cubano por sua liberdade e por sua autonomia em relação aos países imperialistas.

Cuba é um país que valoriza as pessoas que se dedicaram às causas coletivas de seu povo. José Martí é figura central na história de Cuba e quando o povo alcançou sua independência ao libertar o país do ditador que era um representante do império, em 1º de janeiro de 1959, Martí já era uma referência para os revolucionários liderados por Fidel Castro.

É isso! Seguirei revendo as imagens que captei na viagem, lendo e estudando sobre Cuba e o povo cubano e refletindo sobre Nuestra América e o Brasil de Lula, que busca a reconstrução nacional após o desastre que vivenciamos após o golpe de 2016.

Clique aqui para ver a postagem anterior.

William


Post Scriptum: o texto seguinte pode ser lido aqui.



2 comentários:

Anônimo disse...

Sempre perfeito, voltei à Havana no seu texto.

William Mendes disse...

Obrigado pelo comentário! Meu compromisso no blog desde o início das postagens é procurar escrever textos informativos e ou opinativos, e sempre com o cuidado necessário!

Abraços!

William