(atualizado às 21h50, de 21/4/17)
Cena do filme "Adeus às armas", de 1957, com Rock Hudson, Vittorio De Sica e Jennifer Jones. |
Refeição Cultural
Após ler dias atrás o livro fantástico de Ernest Hemingway, Adeus às armas (1929), sobre um romance entre um tenente americano e uma enfermeira escocesa que se passa no cenário italiano da 1ª Guerra Mundial, busquei informações sobre filmes baseados na obra. Encontrei um dos anos trinta e outro dos anos cinquenta, o que assisti. Ler comentário sobre o livro AQUI.
O filme tem direção de Charles Vidor, estreou em 1957, e teve como protagonistas Rock Hudson, Jennifer Jones e Vittorio De Sica. São duas horas e meia de filme. Um cenário belíssimo gravado em cidades italianas e nos alpes. Eu gostei muito da adaptação deste filme em relação ao livro de Hemingway. A estória é muito triste e reforçou bastante o meu sentimento ruim de que podemos estar caminhando para um contexto de guerras locais e ou entre países e grupos financiados por corporações e fim da vida civil como nossa geração conheceu até o momento.
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"Mas, à medida que crescia a maré do fascismo com a Grande Depressão, tornava-se cada vez mais claro que na Era da Catástrofe não apenas a paz, a estabilidade social e a economia, como também as instituições políticas e os valores intelectuais da sociedade liberal burguesa do século XIX entraram em decadência ou colapso..." (Capítulo 'Rumo ao abismo econômico', da Era dos Extremos, Hobsbawn)
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Também fiz leituras correlatas com o cenário que tenho percebido no mundo atual, de certa forma. Li Hobsbawn, Era dos Extremos (1989), e comecei a leitura do livro de Miruna Genoino, Felicidade fechada (2017), contando o drama vivido por ela, seu pai José Genoino e família, frente a um massacre midiático e condenação injusta e sem crime, na lógica de macular a história de um homem que dedicou sua vida às causas sociais e democráticas do Brasil e do povo brasileiro. Seus algozes são todos do grupo que organizou e perpetrou o golpe de estado em 2016 colocando novamente o nosso País em estado de exceção, com forte ataque aos direitos históricos dos trabalhadores.
No silêncio solitário de minha casa, porque estou há semanas longe da família por causa de minha missão atual como representante eleito por trabalhadores em uma entidade de saúde, tenho refletido tanto tanto sobre a nossa existência de militante por causas sociais, sobre a dureza que é a nossa vida de classe trabalhadora contra o sistema de exploração capitalista que segue a passos largos destruindo o Planeta e a sociabilidade dos homens. Que merda de mundo é esse que impera quase sempre e ao longo do tempo a força dos poucos donos do poder, através de suas máquinas de opressão e de manipulação ideológica?
Mas enquanto estamos vivos e somos atores sociais, e enquanto temos princípios éticos e posições ideológicas de esquerda, temos que acordar e lutar e defender um mundo diferente desta merda colocada a nós pelos capitalistas e exploradores.
Não se deixar calar, não se deixar matar, não se deixar vencer sem lutar, essas são as únicas opções que temos. Então é fazer o que tem que ser feito.
William
Post Scriptum: sobreviver é preciso... comecei o feriado correndo 5k, apesar do cansaço físico em que me encontro.
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