"Melhor reinar no Inferno que servir no Paraíso" (John Milton - 1608/74)
Quando estudei Gnose, há muitos anos, refletia diariamente sobre as questões relativas àquela escola de conhecimento. Tínhamos que libertar e fortalecer nossa Essência e combater os principais vícios ou instintos humanos, classificados séculos atrás pela Igreja Católica como Pecados Capitais. Seriam eles a Ira, a Gula, a Avareza, a Luxúria, a Inveja, a Preguiça e a Vaidade, que também poderia se manifestar como Orgulho ou Soberba.
Após cada aula e exercício de meditação, ou seja, colocar a mente em repouso e não pensar em nada para buscar e ouvir nossa essência, tínhamos que exercitar o autocontrole e combater cada vício e ação dos Pecados Capitais atuando em nós mesmos. A Gnose e a busca pelo autoconhecimento foram fundamentais em um dos momentos mais difíceis de minha vida.
Ao assistir ao filme "Advogado do Diabo", lançado em 1997 e estrelado por Al Pacito, Keanu Reeves e Charlize Theron, fiquei impactado pela atualidade do tema.
O Diabo no filme escolheu o meio jurídico para se estabelecer na Terra nos últimos tempos. John Milton (Al Pacino) é dono de um dos principais escritórios de advocacia de Nova Iorque. Em determinado momento ele diz ao jovem advogado Kevin que o mundo está dominado por advogados e estudantes de advocacia. Para equilibrar a balança metafórica do personagem do filme, acredito que existam diversos anjos e arcanjos que nos guardam e nos defendem nos meios jurídicos também, senão o povo e os trabalhadores estavam lascados.
Fiquei pensando o domínio e o predomínio das Corporations (Corporações) do mundo capitalista, que passaram a ter "direitos" como pessoas (Pessoas Jurídicas). E hoje não existem mais "direitos humanos", porque os direitos todos ficaram com as Corporações (danem-se os humanos! Dane-se o Planeta!). É certo que por trás delas tem uns diabos humanos (o 1%), mas isso é um mero detalhe.
Caramba! Fiquei pensando o Brasil e o golpe de Estado em 2016. Fiquei pensando os homens de preto da República de Curitiba. Os "justiceiros" e os deuses (diabos?) do arcabouço do poder judiciário brasileiro.
O poder do povo, a tal "Democracia", foi varrido do mapa pelas Corporações e pelos concursados dos órgãos do poder judiciário (com altos salários e estabilidade eterna e sem ninguém do povo que os controle). É uma situação dos diabos (como se diz) o que virou nosso mundo humano do povo trabalhador!
O Diabo confessa que o pecado que ele mais utiliza para tentar e manipular humanos é a Vaidade. É uma questão a se avaliar o tempo todo, a todo instante, em qualquer lugar onde estivermos nós humanos. A Vaidade está o tempo todo nos tentando... observem!
Se pensarmos o nosso ambiente de trabalho, lá estão os vícios capitais, e dentre eles a Vaidade. Se pensarmos os demais ambientes que frequentamos, lá está ela, disfarçada, mas vil e destruidora de relações e de mundos, a Vaidade.
Apesar de ser um velho filme, com vinte invernos nas costas, eu recomendo a vocês assistirem "Advogado do Diabo" e olharem ao redor... o Diabo está nos tentando e nos manipulando e são reais no mundo material as chances de perdemos nossa alma, nossa Essência, e nossa vida e as possibilidades que teríamos de fazer realizações conjuntas, de forma coletiva.
Independente de crença ou não crença (fé) de cada ser humano, a metáfora do Diabo no filme é muito real: ele diz que o século 20, os tempos atuais, foi amplamente dominado por ele na Terra.
Abraços aos amigos e amigas leitoras,
William
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