Refeição Cultural - Cuba (XIV)
Osasco, 23 de fevereiro de 2023. Quinta-feira.
"Para Hilda, o livro era uma ideia maravilhosa e ela se dispôs a ajudar Ernesto. Enquanto isso, os dois estabeleceram uma rotina doméstica amigável, inspirada num programa de leituras semelhante ao que Fidel tinha com Naty. Quando não trabalhavam na magnum opus de Ernesto, os dois falavam sobre poesia: Hilda emprestou a ele uma cópia dos poemas de César Vallejo e ele dividiu com ela o grande amor que tinha por Pablo Neruda, José Hernández e Sara de Ibáñez. Juntos, eles também liam obras políticas: Engels, Marx e Sartre, acima de tudo. 'Compartilhávamos a sensação de "náusea da vida"', relembra Hilda." (Fidel e Che. Reid-Henry, p. 120)
Peguei mais algumas fitas antigas em VHS para assistir. Numa delas estava escrito "Martín Fierro". Para melhorar a experiência ao ver o filme, comecei a reler o clássico poema do gaucho argentino, escrito por José Hernández (1834-1886). A caixinha da fita estava vazia... por sorte, encontrei na internet o filme completo (2005), dirigido por Gerardo Vallejo.
Ao estudar mais a respeito de Cuba e sua história libertadora e revolucionária, vi que o jovem médico argentino, Ernesto Che Guevara era leitor de José Hernández. Que legal essa ligação entre uma leitura e outra!
Terminei a 1ª parte do livro Fidel e Che - Uma amizade revolucionária (2009), de Simon Reid-Henry. Li o livro em 2010 quando o ganhei de presente. A releitura é quase uma leitura nova.
Terminei a 1ª parte do romance do escritor cubano Leonardo Padura - O homem que amava os cachorros (2009) e já estou no terceiro capítulo da 2ª parte. A impressão que tenho é que o livro é grande demais para a história. Talvez seja porque fazer uma ficção histórica sobre León Trótski seja de fato algo enorme só de pensar, imagina então para completar as lacunas da história do assassinato do líder da Revolução Russa a mando de Josef Stálin?
Em relação ao estudo de línguas e linguagem, ando devagar. Comecei a estudar espanhol na plataforma do Instituto Conhecimento Liberta (ICL) para relembrar minhas habilidades com a língua, mas ando a passos de tartaruga na sequência das aulas. Estou devagar também com as outras línguas que me esforço no aprendizado, o inglês e o japonês. Estudar pouco é melhor do que não estudar nada. Tenho lido e ouvido muito espanhol, de diversos acentos e isso é bom. Meu ouvido já está bem aguçado para as nuanças dos falares de cada país de língua espanhola.
É isso! Aprender algo diariamente e ser menos ignorante deveria ser o objetivo de toda pessoa que queira melhorar como ser humano e que queira melhorar o mundo no qual estamos também.
William
Post Scriptum: texto anterior dessa série cub.ista pode ser lido aqui.
Bibliografia:
REID-HENRY, Simon. Fidel e Che - Uma amizade revolucionária. Tradução: Beatriz Velloso. 1ª edição. Editora Globo. São Paulo, 2010.
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