quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Livro: Memórias de um trabalhador politizado pelos bancários da CUT - William Mendes



Refeição Cultural

Ler minhas Memórias em formato de livro foi uma experiência bem diferente da leitura dos capítulos no blog. 

O trabalho de equipe da Editora ComPactos tornou a experiência bastante agradável, na minha opinião. 

Escrevi as Memórias entre o final do ano de 2021, auge da pandemia, e agosto de 2023. A base principal de consultas para a confecção dessas Memórias foi os milhares de textos de meu blog sindical: A Categoria Bancária - InFormação e História.

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A importância da História 

Por muito tempo fiquei me perguntando como foi possível as lideranças da República Socialista de Cuba resistirem a décadas de bloqueio e tentativas de mudança de regime por parte do vizinho, os Estados Unidos. 

A compreensão veio após passar a estudar um pouco a respeito da história de Cuba e da Revolução Cubana para visitar o país. Tive a oportunidade de ir a Cuba duas vezes e a experiência me ajudou a formular uma explicação para tamanha resistência: Educação e História.

A educação do povo cubano baseada nos ensinamentos de José Martí há mais de um século e a importância que o governo revolucionário cubano dedica à história são fundamentais para a manutenção do espírito altivo e patriótico das pessoas, geração após geração de cubanos desde 1959. A professora Maria Leite, especialista em Cuba, nos fala de cubanidad e cubanía para expressar esse sentimento que o povo tem de amor à sua pátria.

Sem Educação e sem História um povo não consegue resistir à ideologia do capitalismo e suas ferramentas cada vez mais avassaladoras na captura de corações e mentes. 

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O nascimento da edição impressa das Memórias

Ao aceitar a sugestão de transformar em livro as dezenas de capítulos de memórias que fiz em meu blog sindical durante a pandemia mundial de Covid-19, sugestão da editora Cleusa Slaviero, os textos foram ganhando outra leitura e a sistematização no formato de livro me permitiu ler e reler e reler e fazer textos acessórios para apresentar as minhas Memórias.

Enfim, diria hoje que organizar uma edição de livro é uma oportunidade interessante de manusear e refletir sobre os próprios textos que o autor fez sem aquela intensão inicial de editar um livro.

Um dos motivos para realmente decidir reunir os textos em uma edição impressa é a questão muito atual da guarda de produção cultural da humanidade em "nuvens", em formas digitais e virtuais majoritariamente guardadas nos servidos de poucas big techs que dominaram o planeta Terra em sua área. 

Há tempos venho alertando leitoras e leitores de meus blogs para que não depositem toda a sua produção cultural nessas tais "nuvens" dos inimigos da humanidade, as corporações capitalistas que fizeram da internet e da tecnologia da comunicação uma máquina de manipulação da humanidade.

Imprimir e presentear alguns conhecidos é uma forma de deixar em algumas estantes e locais dispersos do mundo um pouco da história de um militante de uma categoria de trabalhadores que faz parte da luta de classes entre os capitalistas e nós o povo explorado por eles, no Brasil e nos demais pontos geográficos do mundo.

Ao reler pela enésima vez os 39 capítulos e o pequeno livro anexo com a história dos bancários nos primeiros anos do governo do Partido dos Trabalhadores, e com o olhar de estudioso que tenho (não posso negar isso), concluo que ali contém informações relevantes no que diz respeito a um recorte do tempo de nossa categoria bancária, do segmento dos funcionários do Banco do Brasil, da corrente política majoritária no campo cutista e do próprio Brasil durante a fantástica experiência vivida pelo povo brasileiro através dos governos do PT, de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

O trabalho de confecção dessas Memórias, dessas histórias, foi grande. A releitura foi trabalhosa. Mas entendo que foi necessário editar o livro. Os textos não têm só informações históricas, têm momentos de emoção, de alegrias e de tristezas, afinal de contas o autor é um militante, é um ser humano como todos os demais.

Por fim, afirmo a vocês que os textos são sinceros, é o que posso garantir aos leitores que já os leram no blog e aos que por acaso venham a lê-los editados na forma de livro nessas minhas Memórias

O nome comprido do livro é o que tinha que ser, pois o autor realmente é hoje o resultado real de seu mundo do trabalho, um trabalhador que passou a ser outra pessoa depois do convívio com os bancários da maior central sindical do país, a nossa querida Central Única dos Trabalhadores e Trabalhadoras.

Agora que reli o boneco final do livro, é imprimir algumas unidades e lançá-las ao mundo.

William Mendes

Dia dos Bancários

Aniversário da CUT

28/08/25

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