Buscar compreensão a partir de fragmentos das coisas
"II - Os escritos desses primeiros filósofos na íntegra se perderam todos, como a maior parte da riquíssima literatura grega. O que sobrou deles foram pequenos trechos, às vezes o correspondente a uma página, às vezes pedaços de frases, às vezes uma palavra, inseridos em textos que séculos depois (IV séc. a.C. - VI séc. d.C.) se escreveram e que, alguns por acaso, se salvaram. Sobraram também muitas notícias sobre a vida e a doutrina deles. E sobretudo sobrou, podemos dizer assim, uma interpretação que logo se tornou definitiva, oficial, e que fixou a posição desses pensadores na história da filosofia..." (Para ler os fragmentos dos Pré-Socráticos, José Cavalcante de Souza, p. 35)
Buscar compreensão e ou sentidos a partir da observação e de fragmentos de coisas. Essas ações conscientes só podem ser realizadas por uma espécie animal no planeta Terra: os seres humanos.
Um cachorro não pode fazer isso. Uma galinha não pode fazer isso. Uma águia também não. Uma máquina não pode fazer isso. Máquina alguma, nem essa mentira chamada "IA". Humanos podem fazer isso, se estiverem em condições favoráveis para isso.
O homem refletia sobre sua jornada existencial até ali e percebia claramente que havia encontrado respostas para vários questionamentos feitos em décadas do viver.
Estava num momento meio "E agora, José?", tradução existencial espetacular de certo momento do viver, interpretação feita pelo poeta maior, magistral Drummond de Andrade, o Carlos, que foi ser gauche na vida. E poetou. E filosofou.
Seu momento José vinha ocupando seus pensamentos cotidianos, suas ações, o seu viver.
Querendo ou não, seus registros - fragmentos de uma vida de lutas - estavam sendo revistos, sistematizados, interpretados até.
O homem estava alinhavando tudo aquilo e o sentido de tudo vinha se mostrando a ele.
Compreendia melhor agora por que as coisas são como são.
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