Costuma-se chamar de FLEXÃO DE GRAU, ocorrências como:
fácil - facílimo
triste - tristíssimo
negro - nigérrimo
Faltam no processo, para MATTOSO, entretanto, as condições para tal.
Não há obrigatoriedade no emprego do adjetivo com esse sufixo de superlativo (é mais uma questão de estilística) e não há uma sistematização coerente para todos os adjetivos (paradigma exaustivo e exclusivo)
O QUE OCORRE COM OS SUPERLATIVOS É UMA DERIVAÇÃO.
"Em outros termos. A expressão de grau não é um processo flexional em português, porque não é um mecanismo obrigatório e coerente, e não estabelece paradigmas exaustivos e de termos exclusivos entre si"
CONFUSÃO COM AS REGRAS DO LATIM:
No latim havia morfemas gramaticais para graus (complexo flexional). Em português, o processo comparativo é SINTÁTICO e não de morfemas.
Ex.:
HOMO FELIX - homem feliz
HOMO FELICIER LUPO - o homem é mais feliz do que o lobo
HOMO FELICISSIMUS ANIMALIUM - o homem é o mais feliz dos animais
Ou seja, mecanismos sintáticos no português:
... mais do que...
... o mais... dos...
Varrão, diria aqui "DERIVATIO VOLUNTARIA"
Bibliografia:
CÂMARA Jr., J. Mattoso:
.Estrutura da Língua Portuguesa, 23a. edição, Editora Vozes, Petrópolis 1995.
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