Maximiano diz que Eugênio Coseriu é linguista e não um filólogo: “não é admissível nos dias atuais dar a denominação de filologia aos estudos puramente de teoria da linguagem ou de linguística geral, como os que compõem a obra principal de Eugênio Coseriu”.
FILOLOGIA E CRÍTICA TEXTUAL – CRÍTICA TEXTUAL E ECDÓTICA
Como não se resolve o problema de polissemia, tem-se ao menos buscado termos que designem de forma mais atual os especialistas em críticas textuais.
Crítica textual, crítica dos textos, crítica de textos, ecdótica (com a variante edótica, de uso discutível), crítica verbal, textologia e filologia textual.
Ivo Castro, professor da Universidade Clássica de Lisboa, tem usado o termo CRÍTICO TEXTUAL.
Algumas conclusões que Maximiano de Carvalho e Silva chega a respeito das várias denominações:
- os termos crítica textual, crítica de textos e crítica dos textos parecem realmente os que definem melhor os métodos e objetivos da ciência.
- a expressão crítica verbal não teve maior acolhida.
- Salomon Reinach (1883) definiu Crítica dos Textos como ciência das alterações a que os textos estão sujeitos, dos meios de reconhecê-las e de corrigi-las. Também lançou mão da palavra ecdótica para indicar a arte de publicar os textos, ou seja, seria a parte culminante da crítica textual.
Maximiano critica o termo no Brasil ter sido mudado para edótica: “A forma edótica tem sido usada em São Paulo por alguns dos antigos alunos da USP, como os professores Segismundo Spina e Edith Pimentel Pinto, apesar dos protestos bem fundamentados da crítica especializada.”
- o termo textologia seria mais destinado ao tratamento de textos modernos transmitidos por via tipográfica e inseridos no processo de comunicação de massa.
Bibliografia:
CONFLUÊNCIA. Revista do Instituto de Língua Portuguesa. N.23 – 1º semestre de 2002, Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário