Flores e cultura... Foto: William Mendes. |
DOIS TIPOS DE CRÍTICAS TEXTUAIS
A) É na preparação das edições críticas que se materializam certas diferenças quanto a objeto, princípios e métodos tão profundas que permitem falar de duas críticas textuais:
A mais antiga é aquela que trabalha SEM OS TEXTOS ORIGINAIS, ou seja, lida com sucessivas cópias de um texto.
No pressuposto de que a variação produzida por uma tradição deste tipo é uma ‘evolução para pior’, o editor procura a montante do original, com as quais constrói o seu texto crítico.
A esta CRÍTICA DO ORIGINAL AUSENTE pode, aproveitando os dois sentidos do termo ‘tradição’, chamar-se CRÍTICA TEXTUAL TRADICIONAL.
B) A outra crítica textual é, por contraste, uma CRÍTICA DO ORIGINAL PRESENTE.
Na maioria das situações, o texto crítico reproduzirá o estado em que o autor deixou o seu texto, da última vez que o trabalhou. As revisões feitas pelo autor em vida geraram um tipo de interesse não necessariamente filológico, que é a crítica genética.
A EDIÇÃO CRÍTICO-GENÉTICA é o remate do trabalho próprio da CRÍTICA DO ORIGINAL PRESENTE, à qual, atendendo a que o seu objeto de estudo é constituído por autógrafos preservados depois do século XX, isto é, por manuscritos modernos, se pode também chamar CRÍTICA TEXTUAL MODERNA.
Bibliografia:
BIBLOS. Enciclopédia VERBO das Literaturas de Língua Portuguesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário