Em Português equivale a segmentos fônicos pospostos ao radical - ou sufixos. São os SUFIXOS FLEXIONAIS, ou DESINÊNCIAS, que não se devem confundir com os sufixos derivacionais, destinados a criar novos vocábulos.
Para Varrão (116 a.C. - 26 a.C.) se trata de DERIVATIO NATURALIS, para indicar modalidades de uma dada palavra e DERIVATIO VOLUNTARIA, que cria novas palavras.
No caso das DERIVAÇÕES, os morfemas gramaticais não constituem um quadro regular, coerente e preciso.
Na FLEXÃO há OBRIGATORIEDADE E SISTEMATIZAÇÃO COERENTE: É naturalis. Os morfemas flexionais estão concatenados em paradigmas coesos e com pequena margem de variação.
Na língua portuguesa também há a necessidade da CONCORDÂNCIA.
Na FLEXÃO existe uma RELAÇÃO FECHADA: "a lista de termos é exaustiva, 'cada termo exclui os demais' e não está na nossa vontade introduzir um novo termo no quadro existente" (Halliday).
AO CONTRÁRIO, para cada vocábulo, há sempre a possibilidade, ou a existência potencial, de uma DERIVAÇÃO. A lista dos seus derivados não é nem exclusiva nem exaustiva.
Bibliografia:
CÂMARA Jr., J. Mattoso:
.Estrutura da Língua Portuguesa, 23a. edição, Editora Vozes, Petrópolis 1995.
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