Na questão dos vocábulos formais temos as formas livres, presas e dependentes:
FORMAS LIVRES: constituem uma sequência que pode funcionar isoladamente como comunicação suficiente. Ex.: luz, proscrever, cachorro.
FORMAS PRESAS: sequência que só funciona ligada a outra(s). Ex.: o 'pro' de proscrever; o 'in' de infeliz; etc.
FORMAS DEPENDENTES: é uma forma que não é livre, porque não pode funcionar isoladamente como comunicação suficiente, mas também não é presa, porque pode se disjungir da forma livre a que está ligada.
Ex.: o artigo 'a' em "a lei" porque pode-se intercalar mais vocábulos entre eles, ou seja, "a grandiosa lei".
Também é possível alternar a posição da forma dependente em relação a forma livre (o que não ocorre com a forma presa). É o caso dos pronomes átonos junto aos verbos. Ex.: "fala-se" pode ocorrer na forma "se fala".
"São por isso vocábulos formais, porque são formas dependentes, em português, as partículas proclíticas átonas, como o artigo, as preposições, a partícula QUE e outras mais. São-no igualmente, como acabamos de ver, as variações pronominais átonas junto ao verbo, em vista de poderem ficar com ele em próclise ou em ênclise."
Bibliografia:
CÂMARA Jr., J. Mattoso:
.Estrutura da Língua Portuguesa, 23a. edição, Editora Vozes, Petrópolis 1995.
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