Foto de William Mendes |
Refeição Cultural
Finalmente pude ler um pouquinho a respeito de Rosa Luxemburgo e diminuir minha total ignorância sobre personagem tão importante da história.
Li o livro "Reforma ou Revolução" escrito por ela na virada do século XIX para o XX e publicado em 1900.
Também assisti ao filme "Rosa Luxemburgo" de 1986, dirigido por Margarethe Von Trotta e rodado na Tchecoslováquia e Alemanhã.
Deu para entender um pouco sobre a questão em debate na época entre ela e Bernstein - líder teórico do partido socialdemocrata alemão. Ela o considerava revisionista em relação ao marxismo.
Luxemburgo contesta cada ponto da tese de Bernstein sobre a possibilidade de se atingir o socialismo somente através de reformas sociais, maior poder para os sindicatos que focavam salários melhores e menor exploração capitalista, criação de cooperativas de produção e consumo, e maior participação proletária nos processos da democracia burguesa.
Luxemburgo não concorda de forma alguma que se poderia chegar ao socialismo amenizando os males do capitalismo. Somente mudando o modo de produção capitalista é a possibilidade de se chegar ao sistema socialista.
Voltarei ao tema mais adiante, pois em muitos capítulos fiquei vendo exatamente o que é hoje o Novo Sindicalismo brasileiro surgido no final dos anos setenta.
Eu não endosso tudo o que Rosa Luxemburgo diz. Mas minhas divergências são em relação ao papel dos sindicatos nessas 3 décadas brasileiras.
Vejo claramente que a CUT e o PT não são revolucionários e acho que eles só deram certo e o Brasil e os trabalhadores brasileiros avançaram justamente por não focarem a estratégia revolucionária.
É um bom debate...
Um comentário:
Olá Rogério, como vai?
Valeu pela dica. Eu tenho o filme, pois comprei em um desses nossos congressos de trabalhadores, daqueles caras que vendem nas banquinhas.
Abraços, William
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