Peguei hoje com certa reverência o grosso tomo de Antonio Candido para matar saudades de leitura específica de crítica literária. Para rever por alguns instantes uma linguagem específica sobre literatura.
Que delícia! Que agradável!
Li poucas páginas, cerca de 30.
Nos três prefácios - 1957, 1962 e 1981 - Candido diz das razões do livro. Explica a sua teoria sobre a literatura como sistema, que gera tradição e que tem uma continuidade no tempo.
Seu livro aborda o que ele chama de "momentos decisivos" para que se possa perceber uma Literatura Brasileira como sistema a partir de 1750. Duas referências: Arcadismo e Romantismo.
Sua tese é muito bem elaborada. Tem sentido. Ele não desconsidera ou diminui a literatura anterior, mas diz que a partir dos árcades e dos românticos se tem uma tradição literária unindo autores, obras e públicos.
Foram alguns momentos de leitura só para lembrar o quanto eu gostaria de ter me dedicado ao tema e ser um erudito na área, por puro prazer.
Mas minha vida caminhou para outro sentido e outras estradas...
Desejo aos amantes da literatura que apreciem o quanto puderem a crítica literária, pois ela lhes dará um horizonte imenso de novas interpretações e noções muitas vezes não percebidas pelo leitor comum.
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